Na manhã desta terça-feira (5), o secretário de Saúde de Camaçari, Vital Sampaio foi sabatinado pelos ouvintes e pelo radialista Roque Santos nos estúdios da rádio Sucesso FM 93,1. Entre questionamentos e duvidas o chefe da pasta se defendeu das críticas com a afirmativa “de que os problemas mais comuns relacionados a saúde no município são de ordem burocrática”, disse.
O secretário destacou ainda outro grave problema que remete a superlotação nos hospitais e postos do município. Segundo Vital, Camaçari é a única cidade da região metropolitana que oferece exames de média e alta complexidade o que faz com que pessoas dos municípios vizinhos busquem atendimento na cidade. “Fazemos o planejamento para o ano todo de acordo com a quantidade de habitantes em Camaçari. Se contratamos uma clínica para realizar 100 exames anual, no final do ano constatamos que o montante foi de 300 exames, quer dizer fica impossível ter uma real previsão”, explicou.
Vital rebateu o diretor do Hospital Geral de Camaçari (HGC), Dr. Francisco Santana, que afirmou durante entrevista à Roque Santos que a responsabilidade do péssimo atendimento no HGC seria do município. De acordo com Santana, atendimento de baixa complexidade, que deveriam ser realizados em postos de saúde e UPAs, estariam sendo feitos pelo hospital sobrecarregando a demanda.
O Secretário afirmou que o governo municipal sede além de verba mão de obra em contra partida para o atendimento. “Disponibilizamos funcionários para trabalhar dentro HGC, cedidos inteiramente com custo da prefeitura municipal além disso destinamos mensalmente a quantia de 750 mil reais do fundo municipal de saúde para o fundo estadual de saúde numa participação do município para os atendimentos de média e alta complexidade do HGC”, disse. E disparou. “É obrigação do HCG atender a população de Camaçari, por que pagamos por isso”.
Questionado por Roque, quanto ao período em que ficaria à frente da pasta, Sampaio explicou que todos os anos faz uma análise de sua vida e pesa o quanto vale a pena e se ainda pode corresponder aos anseios da sociedade. “Muitas vezes eu não consigo pegar no sono pensando no paciente que precisa ser transferido e está entre a vida e a morte. Não quero estragar minha saúde, todo final de ano repenso minhas atitudes, talvez por isso as pessoas falam da minha saída”, concluiu.
Por Giovanna Reyner