A adolescente Gabrielly Vitória de Jesus Santos, 18 anos, está com 38 semanas de gravidez e entrou em contato com o site Bahia no Ar para relatar um drama. Internada desde o dia 5 de outubro, ela, que possui má formação na coluna e nanismo, espera por um parto cesáreo a nove dias.

Moradora de Itapuã, a menina relata que deu entrada na Maternidade Albert Sabin, Cajazeiras, onde fazia o pré-natal, no dia 5 de outubro. Devido a sua condição física, os médicos a transferiram para a Maternidade de Referência Prof. José Maria de Magalhães Neto, no bairro Pau Miúdo, contou.

A menina alega que entrou com 50 quilos e hoje está pesando 33 Kg. O bebê de Gabrielly, segundo a menina, chegou à maternidade com 2,5 Kg e agora está pesando 2,2 kg. “O coração dela está batendo mais fraco, eu sinto e enfermeira e a também”, conta a menina.

Todo o sofrimento, segundo Gabrielly, seria porque os médicos querem que ela faça um parto normal e estão esperando pela contração. “Eles perguntam se estou com dor, ms eu não tenho dor, querem que aumente a dilatação. Mas meu parto é cesáreo”, garante a menina.

Como é cadeirante, Gabrielly reclama da impossibilidade de ter um acompanhante, que no caso dela, seria necessário para necessidades básicas. O marido dela Alexandre Santos Ferreira Júnior, de 17 anos, tem contato com ela somente nos horários de visita. Eu preciso dele para ir ao banheiro e demais, já que sofre de deficiência de locomoção.

Cesárea

O Ministério da Saúde publicou o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Cesariana. O objetivo do documento é auxiliar e orientar os profissionais da saúde a diminuir o número de cesarianas desnecessárias, uma vez que o procedimento pode aumentar da probabilidade de surgimento de problemas respiratórios para o recém-nascido e grande risco de morte materna e infantil.

A OMS sugere que taxas populacionais de operação cesariana superiores a 10% não contribuem para a redução da mortalidade materna, perinatal ou neonatal. Considerando as características do Brasil, a taxa de referência ajustada pelo instrumento desenvolvido pela OMS estaria entre 25% e 30%

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