As articulações políticas se intensificam com a proximidade de 2018, ano de eleições de governadores, deputados, senadores e do presidente da república. O fervilhar de manobras e projeções dentro do macro e dos microambientes políticos no Brasil foi um dos temas abordados durante o programa Conectado desta segunda-feira (13), que teve como convidado o deputado federal e ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT).

A polêmica conversa teve direito a revelações de conteúdos até então restritos aos estrategistas e protagonistas políticos que trabalham diretamente na formatação dos potenciais planos de governo do próximo mandato. Uma das informações internas apresentadas foi obtida por Caetano há 20 dias, em uma reunião entre deputados da aliança e o ex-presidente e pré-candidato a presidente da República, Lula da Silva (PT).

Após reafirmar que será o candidato do PT nas Eleições 2018, Lula disse, segundo Caetano, que, resolvida essa questão, a próxima prioridade é a transformação da Câmara dos Deputados. “Serei candidato e vamos ganhar a eleição. Temos que trabalhar agora para mudar o Congresso Nacional, ter a maioria para conseguirmos devolver ao povo o que Temer está tirando do povo”, reproduziu Caetano, como trecho do discurso do ex-presidente.

Para Caetano, Lula demonstra preocupação com a formação da Câmara Federal por prever que boa parte das batalhas de 2019 serão travadas dentro do legislativo e não do executivo. “Atualmente, de 513 deputados, só cento e poucos apoiam os projetos mais progressistas no Congresso Nacional”, comentou Caetano, afirmando que mudar essa realidade adquiriu status prioritário.

Caetano afirmou ainda que, durante o encontro com os deputados, Lula teria feito o seguinte questionamento para justificar a nova lista de prioridades: “Como promover as transformações que precisam ser feitas se nós não tivermos um Congresso que aceite as vozes das ruas? Por isso prefiro ter 10 deputados federais que dois governadores, prefiro ter cinco senadores do que um governador”.

Caetano fez questão de informar que esta lista de prioridades ainda não foi oficializada dentro do PT. “Não é um posicionamento oficial do partido ainda, mas está sendo discutido e a maioria está pensando dessa forma, defendendo essa linha pensando no futuro”, explicou.

Por Wesley Sobrinho

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