Funcionários e ex-funcionários da unidade da Tecsis em Camaçari, empresa química fabricante de pás eólicas, vivem um momento de indefinição diante da possibilidade de fechamento definitivo da fábrica e disparidades na negociação do pagamento das rescisões dos colaboradores já dispensados. Diante de tais disparidades e dúvidas, os trabalhadores decidiram ocupar a entrada da empresa, exigindo esclarecimentos.

Em conversa com o Bahia no Ar, o operador Jair da Cipa, como é conhecido na Tecsis, contou que os colaboradores estão em esquema de revezamento, garantindo a presença de representantes da classe trabalhadora 24 horas por dia na frente da unidade. “Estamos acampados na frente da fábrica, um grupo durante o dia e outro grupo pela noite, 24 horas, mas sem intervir no direito de ir e vir. Os portões estão abertos, com acesso livre para os funcionários que querem entrar e sair”, contou.

O grupo pretende permanecer ocupando o local até a situação dos trabalhadores ser resolvida, principalmente no que diz respeito à rescisão trabalhista e sobre a continuidade das operações na planta de Camaçari. “Queremos saber se a Tecsis continua em Camaçari ou se vai embora mesmo”, ressaltou.

Ainda de acordo com Jair da Cipa, 300 trabalhadores foram colocados em regime de lay off (afastamento do funcionário por um prazo determinado) e tantos outros foram, de fato, demitidos da empresa, permanecendo alguns poucos trabalhando na planta. “Estamos apreensivos quanto a permanência ou não da fábrica em Camaçari. Existiam boatos, sem posição concreta da diretoria”, afirmou.

Sobre a insatisfação dos trabalhadores com o acordo para o pagamento das rescisões, Jair comentou: “querem pagar em oito parcelas e os trabalhadores, já perdendo seus empregos, não querem receber assim, em parcelas muito baixas e sem segurança de que vão receber completamente, já que existe essa ameaça de fechamento”.

Uma assembleia foi marcada para rediscutir os pontos controversos e atualizar os funcionários sobre os possíveis destinos na unidade da Tecsis em Camaçari. “Espero que a empresa não feche e que todos fiquem satisfeitos”, adiantou Jair.

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