Foto: Divulgação.Médicos durante protesto na Câmara Municipal de Vereadores de Camaçari.

Apesar do retorno dos servidores públicos de Camaçari ao trabalho, a categoria médica continua em greve por melhorias de condições de trabalho e a desprecarização dos vínculos de trabalho. O anúncio de estado de greve da categoria, em Camaçari, foi feito pelo médico Yang da Fonseca, na tribuna da Câmara Municipal de Vereadores, na última terça-feira (13), durante a sessão especial dos servidores.

Em entrevista ao Jornal da Sucesso, transmitido pela Sucesso FM, na manhã desta sexta-feira (23), Yang afirmou que a empresa responsável pela manutenção de aparelhos médicos parou os serviços por falta de pagamento. “Eles tem sete meses que não recebem verba da prefeitura, e isso é uma coisa que vai prejudicar, mais cedo ou mais tarde, a população”, ressaltou.

De acordo com o médico Yang da Fonseca, toda a categoria médica do município aderiu à greve. “Aderiu sim, apesar de serem médicos que trabalham via cooperativa, via Reda, mas o movimento está muito forte, a gente está esperando a sensibilização do governo, porque a gente não quer aceitar essa reposição na inflação, porque para mim 7% é reposição de inflação”, disse.

Fonseca destacou que a maioria dos profissionais que atendem à população de Camaçari tem uma despesa a mais, já que moram em Salvador. “Boa parte dos médicos moram em Salvador e pegam estrada e pagam pedágio para se dirigir a Camaçari, então, a gente quer muito mais coisa para incentivar o médico a vir trabalhar aqui no município”, destacou.

Antes do próximo encontro com o governo para mais uma mesa de negociação, a categoria médica se reúne para definir algumas questões. “Vamos ter uma reunião na terça-feira (27), 9h, no Ponto Certo, com a categoria médica, e a próxima reunião com o governo esta marcada para terça-feira (27), às 14h30, novamente com Franco (Governo) e Camilo (Administração) e espero contar com a presença do secretário de Saúde, Vital Sampaio, que eu acho que é uma pessoa que tem que estar presente na negociação da nossa categoria”, completou.

Por Henrique da Mata