Ponto de fuga dos assaltantes.

Os moradores do Jardim Brasília estão assustados com o alto índice de assaltos que ocorrem ao cair da tarde. Um dos principais convites para os assaltantes é a falta de iluminação em uma das ruas que dá acesso ao bairro, nas proximidades do SAC.

Rafael Rodrigues, que circula com freqüência no local, conta que já presenciou várias pessoas se queixando de assalto. “Direto eu vejo alguém vindo de lá de baixo dizendo que acabou de ser assaltado”, conta.

Rafael diz que a rota de fuga dos assaltantes é um terreno que faz vizinhança com o bairro Camaçari de Dentro. “Eles sobem para roubar quem está passando por aqui e depois somem por dentro dos matos que ninguém mais alcança”, diz.

Camaçari de Dentro

A polícia passa duas, três vezes por aqui todos os dias, mas o problema é que a malandragem é demais.Rafael Rodrigues

Camaçari de dentro também é vítima dos assaltos. A baiana de acarajé, Dora de Souza, diz que a polícia faz ronda com freqüência no local, mas nem assim os bandidos deixam de agir. “A polícia passa duas, três vezes por aqui todos os dias, mas o problema é que a malandragem é demais”, destaca.

Por causa dos assaltos, Dora tem que recolher a sua banca cedo, o que prejudica as vendas. “Na hora que eu estou me arrumando para ir embora é que começa o movimento na rua, mas eu tenho medo de ficar até mais tarde e vou embora”, argumenta.

O dono de um bar também já foi vítima da insegurança no local. José Reginaldo de Oliveira foi furtado quando saiu de seu estabelecimento para atender uma pessoa. “Enquanto eu fui ali atender um amigo, eles entraram sem eu ver e levaram minha mochila com tudo dentro. Só não tinha dinheiro”, conta. Minutos depois José encontrou sua mochila vazia e a sua carteira com os documentos espalhados na rua, a poucos metros do bar.

Para José, a falta de iluminação não é o principal motivo, mas facilita a ação dos bandidos. “Os roubos aqui acontecem até de dia, principalmente celular de mulher. Mas, à noite, a péssima iluminação ajuda nos assaltos”, ressalta.

Por Henrique da Mata