O presidente municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Camaçari, Fábio Pereira, mais conhecido no meio político como Fabão, ficou inquieto ao ouvir os comentários do presidente municipal do PTN, Maurício Bacelar, sobre a ida do radialista Marco Antônio para o grupo de Luiz Caetano e às críticas sobre o modelo de gestão do prefeito.

Completamente contra as colocações de Maurício durante a entrevista concedida na manhã desta terça-feira (13), no Jornal da Sucesso – da Sucesso FM – Fabão criticou a atitude do oposicionista e o acusou de estar usando o comportamento de alguns petistas para classificar, de forma generalizada, os militantes do partido.

Maurício disse durante a entrevista que uma parcela do PT em Camaçari não se submeteu “nem ao chicote, nem ao dinheiro de Caetano”, se referindo a escolha de Ademar Delgado para pré-candidato à prefeitura nas eleições deste ano e a ida de Marco Antônio para a base governista. Ele acrescentou dizendo que o candidato do PT, Ademar Delgado, foi imposto pelo prefeito. “A imposição foi tamanha, que uma parcela significativa do PT é contra”, disse.

Maurício colocou em questão a ética do PT, acusando o prefeito Caetano de se aproveitar da máquina pública. “A maior prova disso são os cargos em troca de apoio político”, disse Maurício. Ele se referiu à aquisição do radialista Marco Antônio ao grupo do governo quando falou dos cargos que estariam sendo trocados por apoio político, e fez questão de ressaltar que a afirmação foi feita pelo próprio presidente do PRP, Jorge Aleluia. “Quem disse não fui eu, foi Jorge Aleluia”.

Por outro lado, Fabão contesta as afirmações de Bacelar e diz que o que vale é o posicionamento da direção do partido, esclarecendo o total apoio à aquisição de Marco. “O processo que está acontecendo é uma adesão ao projeto do governo. Não é o PT virando PRP, nem o PRP virando PT, é um processo político normal”, esclareceu Fabão.

Por Henrique da Mata