A limpeza e segurança melhoraram, mas nem todos os problemas foram resolvidos ainda. Essa é a opinião dos feirantes do Centro Comercial de Camaçari ouvidos pela reportagem do Bahia no Ar na tarde de hoje (6). Os permissionários reconhecem os problemas apontados pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP/BA), em Ação Civil Pública, porém alertam que a interdição solicitada pelo MP é uma decisão precipitada.

“O novo governo entrou agora e esses problemas já vêm se arrastando há anos. Não fizeram manutenção, as vezes que uma empresa ou outra fazia algum serviço, mas nada significativo. É precipitado fechar o Centro Comercial. Existe sim problema de energia, eu que contrato eletricista para fazer a manutenção aqui no meu estabelecimento, mas, por exemplo, a segurança já melhorou muito”, contou a permissionária Valdésia dos Santos, proprietária de um salão de beleza.

Em relação a cobrança de uma possível taxa de água e energia, Valdésia concorda com a medida e diz que é necessário a contribuição dos feirantes para a Prefeitura manter o Centro Comercial funcionando. “É importante pagar para inclusive sermos respeitados e podermos cobrar o nosso direito. Tem que estabelecer uma taxa de condomínio e todo mundo tem que pagar”, enfatizou.

Na avaliação de Marcos Vinicius, que vende embalagens na feira, houve melhorias na segurança e limpeza, no entanto, caso seja implementada alguma taxa, será necessário mudar completamente o Centro Comercial. “Já mudou um pouco, mas realmente precisa fazer essa parte da eletricidade ainda. E se for cobrar tem que melhorar muito mais. Se cobrar e melhorar, a gente vai pagar”, afirmou o feirante.

Quem também reconhece os problemas da feira e é a favor de contrapartida dos permissionários é o vendedor de frutas Joilson Correia da Silva. “Risco [de incêndio] tem, mas tem como resolver, e se for cobrar, o governo vai ter que trabalhar certo”, comentou o vendedor, sendo enfático sobre a possível taxa de água e energia. “Sou a favor”, disse.

A reportagem percorreu todos os pavimentos do Centro Comercial e entrevistou outros permissionários, entretanto, alguns pediram para não serem identificados. O sentimento é um só. Os feirantes estão convictos da necessidade de melhorias no espaço, bem como a responsabilidade de cada um quanto a manutenção do patrimônio público, inclusive com o pagamento de possível taxa de condomínio, água e energia.

Marcos Vinicius, vendedor de embalagens no Centro Comercial. Foto: Lenielson Pita.
Joilson Correia da Silva, vendedor de frutas. Foto: Lenielson Pita.
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