O município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, ganhou destaque nacional no Jornal Hora 1, da Globo, na manhã desta sexta-feira (19), por ter sido constatado como um dos primeiros locais onde se constatou casos de contaminação por Zika Vírus.

Como noticiado no Portal Bahia no Ar, desde março de 2015, quando ainda era uma ‘Doença Misteriosa’, o Zika Vírus se tornou epidemia em Camaçari. O surto da doença, que ate então não tinha sido identificada, se espalhou por Camaçari e chegou ao Sul da Bahia, chegando a Salvador e demais regiões como Esplanada, deixando moradores assustados.

Os sintomas relatados pela população na época, eram vermelhidão, prurido (coceira) e, em alguns casos, dor no corpo. As primeiras suspeitas seriam de sarampo, rubéola, dengue e febre chikungunya. No entanto, as análises realizadas no Laboratório Central do Estado (Lacen) descartaram as suspeitas iniciais.

As primeiras suspeitas da doença eram de sarampo, rubéola, dengue e chikungunya, mas os exames deram negativo. Além disso, os primeiros pacientes não relataram febre, sintoma característico.

Ainda em março do ano passado eram relatados 39 casos da doença em Camaçari. Segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica de Camaçari, Celso Joélio, os registros foram feitos em bairros diferentes da cidade e que outros casos também foram encontrados em outros municípios da região. O diretor descarta a possibilidade de ser dengue, febre chikungunya, rubéola ou sarampo. Ele acreditava que, embora ainda não tinha sido identificada, a doença tem evolução benigna e não resulta em nenhum outro problema à saúde.

Para a Secretaria de Saúde de Camaçari (Sesau), os sintomas duram em média sete dias e desaparecem sem causar nenhum dano. O órgão afirma que os pacientes não têm febre e que a maior probabilidade é que seja uma virose.

Entre os casos registrados em Camaçari em 2015 foi o do caldeireiro Hebert Vieira. “Estava com o corpo empolado, coçando muito, mole, dolorido, como se tivesse com febre. Fui ao médico e ele mandou fazer um hemograma. Fiz, só que o resultado deu normal, sem qualquer alteração. A partir daí o médico me passou outros dois remédios, mas foi mais como se fosse um palpite, porque ele não sabia o que era”, afirmou na época.

Os mesmos sintomas foram sentidos pela recepcionista Thamires Lima. “Começou como se fosse uma gripe, o corpo cheio de mancha e agora está coçando. O médico disse que não sabia o que era, mas passou um remédio e não melhorou”, lamentou.

Casos de Microcefalia

Segundo dados da Secretaria de Saúde do município, a cidade registrou, até dia 21 de janeiro deste ano, 382 casos de dengue, 15 casos de chikungunya e mais de cinco mil casos suspeitos de zika dos quais 8% foram confirmados em laboratório. Em Camaçari há 29 casos suspeitos de microcefalia dos quais 11 já foram confirmados, e uma morte.