Foto: Divulgação.Agentes do Juizado em capacitação

Apesar de a programação do Carnaval 2012 estar concentrada na capital do estado, o Juizado da Infância e Juventude de Camaçari montou um esquema especial para coibir qualquer tipo de ação criminosa contra a criança e o adolescente que deixa Camaçari através da estação rodoviária e dos principais pontos de transporte intermunicipal para aproveitar o carnaval de Salvador.

O coordenador do órgão, Antônio de Pádua, afirma que seus agentes vão estar nas ruas para garantir a segurança dos menores. “Vamos trabalhar no período de carnaval de oito da manhã às 18, domingo a domingo, para fazer a segurança das crianças e adolescentes”.

Quem não estiver portando documento pessoal próprio e da criança que acompanha vai ser impedido de viajar.Pádua, coord. do Juizado da Infância e Juventude

Pádua explica que o trabalho dos agentes se baseia em uma regra básica: uso de documento pessoal da pessoa menor de idade. Quem quiser viajar e levar uma criança, mesmo sendo os pais, deverá apresentar a identificação de ambos para comprovar a paternidade ou maternidade. “Em muitos casos eles dizem que são pais, mães, tios, mas não tem documentos para comprovar. Infelizmente, quem não estiver portando documento pessoal próprio e da criança que acompanha vai ser impedido de viajar”, esclarece.

Outra preocupação do Juizado no período do carnaval é aumento no índice da violência sexual contra a criança e o adolescente. Para combater este tipo de crime, o Juizado trabalha em parceria com a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) e com o Conselho Tutelar do município. “As denúncias que nós recebemos aqui são encaminhadas para a DEAM, que faz parceria com a gente, e buscamos coibir. Sabemos que não vamos atingir cem por cento, mas é a nossa obrigação e nós vamos continuar fazendo durante o carnaval”, ressaltou.

Outra ocorrência comum no circuito do carnaval é o desaparecimento de crianças. Por conta da grande quantidade de pessoas se perder fica fácil, e encontrar uma pessoa perdida é uma tarefa difícil. Pádua aconselha os pais a utilizarem uma pulseira identificadora. “Quando os pais chegarem ao circuito devem procurar de imediato um posto do juizado para pegar uma pulseira para colocar na criança com nome, endereço, telefone, que vai facilitar na busca”, conclui.

Por Henrique da Mata