O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou cinco policiais militares por envolvimento na invasão e derrubada de casas em um assentamento de Catu de Abrantes, na cidade de Camaçari. Conforme divulgado pelo órgão na terça-feira (14), a denúncia foi feita à Justiça por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).

De acordo com as investigações, esses policiais teriam liderado, coordenado e participado da execução do ataque ocorrido no último dia 20 de novembro, na comunidade conhecida como Sítio do Tererê. Ainda segundo o MP-BA, os suspeitos foram denunciados pelos crimes de furto qualificado, dano qualificado, incêndio e associação criminosa.

Na ocasião, homens encapuzados invadiram o local onde moravam cerca de 30 famílias. Eles derrubaram casas com tratores durante a madrugada, além de usarem gasolina para atear fogo em moradias. Os moradores acordaram assustados, estando entre eles diversas crianças.

A denúncia conta que os criminosos gritavam ameaças como “sai, sai, vou matar”. Os moradores do Sítio Tererê então precisaram se esconder no mato e assistir à destruição de seus lares.

O Gaeco relata que os policiais foram os responsáveis pela intimidação dos moradores e garantia do sucesso da empreitada ilícita com o uso de armas de fogo.

A apuração ainda indica que eles teriam recrutado homens e providenciado veículos, uma retroescavadeira e ferramentas para realização da invasão, sendo também responsáveis pelo pagamento de R$ 200,00 para cada indivíduo contratado. Foram recrutados um total de 17 homens para a ação criminosa.

Os envolvidos na situação teriam se encontrado por volta de meia noite na Avenida Paralela, em Salvador, de onde saíram em direção ao assentamento. Além da demolição dos barracos, o grupo danificou móveis, objetos e utensílios domésticos de propriedade dos moradores.

Os denunciados foram autuados em flagrante por guarnição da Polícia Militar acionada por integrantes da comunidade no dia da ação criminosa. Segundo a denúncia, eles se encontravam à paisana e não estavam de serviço no momento dos fatos.

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