No último domingo (17), o fechamento das três fábricas da Ford no Brasil foi tema de reportagem do Fantástico, na rede Globo. O prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (DEM), fez uma participação no programa, falando sobre os efeitos negativos gerados pela saída da montadora do município.

“O município está perdendo uma receita de 130 milhões de reais”, afirmou. A Ford, que chegou a Camaçari em 2001 trazendo novas oportunidades de capacitação e emprego, era responsável por 10% da receita anual da cidade. O gestor alertou ainda para o “efeito cascata” gerado pelo desemprego dos trabalhadores antes atuantes na montadora.

Segundo a Ford, mais de 4 mil pessoas trabalhavam lá, já o sindicato afirma que são em torno de 12 mil, entre trabalhadores da fábrica, terceirizados e fornecedores. Elinaldo entende que, sem o custo de vida que tinham quando desempenhavam suas funções na montadora, munícipes acabarão recorrendo mais ao sistema de saúde do município e à rede de educação municipal, trazendo “impacto total” a Camaçari.

A fábrica localizada na cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS) continua funcionando nos próximos meses, apenas fabricando peças para estoque.

Ford anuncia fechamento das montadoras no Brasil

Uma semana atrás, a multinacional estadunidense anunciou que encerraria a produção de veículos no Brasil, após um século de atuação no país. Sendo assim, as fábricas mantidas em Camaçari, na Bahia; Taubaté, em São Paulo; e em Horizonte, no Ceará, teriam suas atividades encerradas.

Embora a comercialização de produtos da empresa tenha seguimento no país, estes serão importados principalmente da Argentina e do Uruguai.

No dia seguinte ao anúncio, na terça-feira (12), trabalhadores organizaram um protesto contra o fechamento da fábrica de Camaçari, seguindo em carreata para o Centro Administrativo da cidade.

Segundo informou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, Júlio Bonfim, ao portal G1, a empresa comunicou que a decisão de encerramento das atividades de produção no Brasil se dão por conta da instabilidade econômica do país.

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