Para suprir a falta de médicos em Camaçari, a prefeitura municipal vai realizar uma seleção de REDA para compor o quadro de profissionais. O secretário de saúde, Elias Natan, em entrevista ao programa Bahia no Ar na manhã desta sexta-feira(16), informou que o processo seletivo será reaberto prevendo novamente 28 vagas para médicos, com salários em torno de R$ 9 mil e carga horária de 40h. Ainda segundo Natan, na ultima seleção, apenas um profissional se candidatou a uma das 28 vagas.

“Nossa proposta é termos em breve uma cobertura ampliada para cem por cento de saúde da família no município, hoje estamos por volta de oitenta por cento”, disse.

Ainda para Natan, há uma dificuldade em contratar médicos no município de Camaçari, devido a preferência dos profissionais por capitais e também pela carência de médicos no Brasil.  “Existe uma conjuntura de fatores que ainda nos leva a não ter essa facilidade na contratação de médicos”, disse.

Sobre os profissionais do programa Mais Médicos, que devem deixar a cidade, após declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o secretário revelou que no município são quatro médicos que fazem parte do Programa, sendo um deles cubano.

Situação no país

As ultimas pesquisas sobre a quantidade de médicos no Brasil, apontam que o número de profissionais aumentou 23% em sete anos. No ano passado, estavam registrados 451.777 profissionais, ante 364.757 contabilizados em 2010.  Porém, apesar da expressiva expansão num curto período de tempo, a desigualdade na distribuição dos profissionais pelo País é marcante. Como mostra a pesquisa, por exemplo, enquanto o Distrito Federal tem 4,35 médicos por cada mil habitantes – a mesma média da Suíça -, o Maranhão oferta 0,87 médico para o mesmo grupo de habitantes. E em cidades com menos de 5 mil moradores, a razão média é ainda menor: 0,3 profissionais.

A média nacional de médicos é de 2,18 profissionais a cada grupo de 100 mil habitantes. A estimativa é de que em 2020 o Brasil terá quase meio milhão de médicos.

A pesquisa foi publicada em março deste ano, realizada pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo financiada pelo Conselho Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina de São Paulo.

 

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