O vereador Elinaldo Araújo, pré-candidato a prefeito de Camaçari pelo DEM, poderá ser preso novamente a fim de garantir o prosseguimento das investigações referentes ao processo no qual é acusado de chefiar uma organização criminosa.
Essa é a posição defendida pela procuradora de Justiça Maria Adelia Bonelli – no parecer de número 176/2016 – sobre o Habeas Corpus (HC) que garante temporariamente a liberdade do democrata.
O parecer será encaminhado para um colegiado de desembargadores avaliar, baseado nos fatos apresentados, se o edil camaçariense continuará – ou não – respondendo fora da cadeia. “Entende-se pela denegação do recurso impetrado em favor de Antonio Elinaldo da Silva, devendo ser cassada a decisão que concedeu a ordem liminarmente [Habeas Corpus (HC)]”, sentencia a procuradora no documento de seis páginas.
Elinaldo foi preso em 10 de dezembro de 2015 sob a acusação de comandar um esquema de sonegação fiscal, corrupção ativa, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Um dia depois da detenção, foi posto em liberdade provisória após cautelar expedida por uma juíza substituta.
Ainda no parecer, a procuradora Maria Adelia Bonelli enfatizou o carater sério e fundamentado das investigações que levaram o político à prisão. “A prisão preventiva de Antonio Elinaldo e dos corréus Cristiano Araújo da Silva, Ivan Pedro Moreira de Souza e Pedro de Souza Filho foi decretada em decisão suficientemente fundamentada, não merecendo qualquer reparo”, pontuou.
A fuga de Cristiano Araújo da Silva e Ivan Pedro Moreira de Souza [até hoje foragidos], irmão e cunhado, respectivamente, do vereador, são fatores que complicam a situação dele. Isso, conforme documento da Justiça, só “reforça a necessidade de prisão para garantia do pleno andamento da instrução processual”.
Por fim, o parecer judicial também alerta que, mesmo após a prisão, os réus ainda vêm mantendo a exploração de jogos de azar em local público e de grande circulação na cidade de Camaçari.