Durante entrevista ao portal Bahia No Ar, na tarde desta quinta-feira, 15, a delegada Alda Maria Oliveira, plantonista da 18ª Delegacia Territorial (DT/Camaçari) deu detalhes sobre o crime de extorsão por sequestro, ocorrido no bairro da Gleba E, na noite ontem, onde três policiais militares e um homem foram presos em flagrante por envolvimento.
Segundo a delegada que registrou o flagrante, no momento do crime os bandidos se apresentaram a vítima que estava com um bebê de três meses no colo, como policiais civis. Ao estranhar a situação, a mulher se negou a entrar no veículo e agredida com uma coronhada.
A delegada disse ainda, que os três policiais militares identificados como; cabo Ronaldo Pedro de Souza e os soldados Henrique Paulo Chaves Costa e Jonas Oliveira Góis Júnior, todos lotados em Salvador, permaneceram calados durante o interrogatório. “Não quiseram prestar nenhum declaração. Eles preferiram o direito constitucional de falar apenas em juízo, nem assinaram a nota de culpa e nem assinaram o termo de depoimento, porque não prestaram nenhum depoimento”, falou.
A plantonista acrescentou ainda, que o quarto envolvido identificado como Diogo de Souza Ricardo, de 29 anos, prestou depoimento e afirmou que ele foi chamado apenas para conduzir um dos veículos. Diego tem passagem na polícia por porte ilegal de arma.
Os PMs foram encaminhados para a Corregedoria da Polícia Militar onde ficarão custodiados. Já Diogo permanecerá detido na 18ª DT/Camaçari à disposição da Justiça. O bando vai responder por extorsão mediante sequestro, formação de quadrilha e porte ilegal de arma.
A delegada informou também, que as investigações continuam, testemunhas serão ouvidas e o material recolhido como os aparelhos celulares, serão analisados a finalidade de descobrir se existem outras pessoas envolvidas na quadrilha.
Em entrevista no programa Bahia No Ar, apresentado pelo radialista Roque Santos, o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel, Henrique Melo fez um relato sobre a ação policial no caso. O comandante explicou ainda, que por se tratarem de membros da corporação, os presos foram conduzidos a Corregedoria Geral da PM e depois levados para o presídio militar. ” Eles agora ficam a disposição da Justiça, presos em nosso presídio militar”, falou.