Durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Camaçari nesta terça-feira (15), data que inclusive é marcada pela celebração do Dia dos Professores, foi aprovado o Projeto de Lei N° 986/2019, de autoria do Executivo Municipal, que dispõe sobre a incorporação da gratificação por regência de classe para os professores que não eram contemplados pelo benefício, ou seja, aqueles contratados de 2003 e anos anteriores. Para os docentes com contratos a partir de 2004 o benefício é incorporado automaticamente.

Durante a votação uma polêmica se estendeu; vereadores da oposição se abstiveram de votar, ou seja, não participaram da votação. Na última terça-feira (8), data que tinha sido programada para o primeiro sufrágio, os professores se reuniram e participaram da sessão solicitando um prazo para estudar e entender o projeto, que segundo a categoria, ainda estava um tanto confuso. Os vereadores, em conjunto com o presidente da Câmara, vereador Jorge Curvelo (DEM), decidiram não votar naquela ocasião; o prazo havia sido concedido até amanhã (16).

Em conversa com a repórter Dani Oliveira, do BNA, a professora Lucimar Rodrigues Nascimento Santos disse não entender o motivo de objeção dos vereadores oposicionistas que, como dito anteriormente, optaram por não participar da votação.

“Difícil é compreender polêmica por parte de cinco vereadores locais da cidade de Camaçari que se abstiveram de votar a favor da população de Camaçari, a favor dos professores de Camaçari. Eu me pergunto porque eles se abstiveram se é uma lei, um projeto de lei que vem nos beneficiar, garantir a nós a nossa regência, e nos dar a tranquilidade de dormir em paz e de nossos projetos saírem da gaveta, do Instituto Social de Seguridade Municipal”, pontuou.

A professora contou ainda que a aprovação do projeto representa uma luta de toda categoria dos professores municipais, sobretudo, aqueles que seguem lutando, como ela, pela tão sonhada aposentadoria.

“É um ganho real que vem exclusivamente beneficiar nós que estamos na luta desde 2003, de [19]94. Essa é uma luta não só minha como professora, mas de toda categoria dos professores de Camaçari que são, em média, 200 profissionais. Há 30 anos [os professores] vem lutando para que essa regência seja incorporada em nossos salários. Não seja uma verba transitória e sim, uma verba de direito que [quando] eu aposentar possa levar. Nossos processos de aposentadoria estão parados desde de dezembro de 2018 por falta de uma lei dessa, por falta de uma lei que nos garanta”, explicou Lucimar.

Por fim, a professora completou: “essa causa é justa e que não deve se estender, se prolongar para mais dias porque somos nós aqui professores de ponta que desde [19]94 estamos sofrendo com a ausência dessa lei, nós estamos impedidas de ser aposentadas com a ausência dessa lei. Professores de 2004 pra cima já tem garantida a projeção da regência e nós nenhum”, finalizou.

Vale ressaltar que as sessões da Câmara estão sendo realizadas no Teatro Alberto Martins, pois o plenário no prédio do Legislativo está em reforma.

Abaixo o áudio da entrevista na íntegra:

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