Foi invadida por 2 mil grileiros no Litoral Norte, a área de 5 milhões de m² (o equivalente a 500 campos de futebol).
Os proprietários das terras são de quatro grupos diferentes, três deles de empresários: o grupo Fernandez Plaza, o grupo português Liz Construções e o EMES, de uma família de investidores de Sergipe. Cada um detém cerca de 1 milhão de m² das terras. O restante é de uma família nativa de Arembepe, que herdou as terras do bisavô.

Segundo matéria publicada pelo jornal Correio, os terrenos que ficam entre Arembepe e Barra do Jacuípe têm sido tomados não por sem-teto ou sem-terras, mas por gente que chega com seus carrões e loteiam as terras na marra. Fontes ligadas às Prefeitura de Camaçari apontam, inclusive, a existência de uma associação ilegal com 2 mil pessoas. Esse seria apenas um dos 40 pontos de invasões do município.

Ainda de acordo com a publicação, os proprietários já entraram com ação na Justiça para buscar a reintegração de posse contra o que chamou de “indústria da invasão”, e também reclamaram da demora da prefeitura de Camaçari em aprovar projetos.

O homem apontado como um dos líderes das invasões de terras em Arembepe chama-se Fabiano Silva dos Santos Sacramento, conhecido como Fabiano do Limoeiro. Candidato a vereador pelo PT nas últimas eleições. Ao Correio, Fabiano admitiu que coordena ações nas invasões, mas negou fazer parte da associação que reúne 2 mil pessoas nos loteamentos clandestinos.

Segundo Fabiano, seu papel nas invasões seria justamente combater a entrada, no grupo, de pessoas não necessitadas. “Se eu te disser que não tem gente com dinheiro e sem necessidade nenhuma de estar ali eu estaria mentindo. Tem pessoas lá que tem renda boa. Mas estou ali para combater isso”. Fabiano disse que não é o líder das invasões e citou dois outros nomes.

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