Durante participação na tarde desta terça-feira, 11, no programa Bahia No Ar, apresentado pelo radialista Roque Santos, o babalorixá e presidente do Conselho de Cultura de Camaçari, Táta Ricardo Tavares, falou sobre o posicionamento do conselho em relação a demolição do prédio histórico no centro da cidade, que ocorreu no último domingo, 09.

O presidente afirmou que o Conselho de Cultura se posiciona contrário a demolição do imóvel, tendo em vista, que o mesmo representava toda a memória, nascimento e expansão do município. “O prédio abrigou decisões importantíssimas. O primeiro proprietário e morador, foi o nosso grande Desembargador Montenegro, foi sede dos Três Poderes, enfim são muitas as honras e méritos para a memória da nossa cidade”, disse Táta.

O presidente ressaltou que o conselho acha o projeto maravilhoso, só só não concorda com a demolição do prédio. ” Poderia ser feito tudo que está no projeto sem derrubar o prédio”,pontuou.

Na oportunidade Táta também esclareceu uma situação polêmica, que envolveu seu nome e o do Conselho de Cultura. Nas redes sociais circulou uma imagem do líder religioso com a seguinte frase: “Táta Ricardo foi expulso da Secretaria de Cultura”. O presidente ressaltou que repudia esta ação e enfatizou que não quer que sua imagem ou a do Conselho seja “utilizada de forma perversa por nenhuma especulação política ou politiqueira, principalmente de política partidária”.

“Quero dizer que o Conselho da Cultura é isento disso. Eu não concordo, não autorizo e não apoio, que usem minha imagem ou minha fala para briga política. Agora sim, no que me cabe o direito e o dever de defender o patrimônio cultural, eu estou fazendo”, ressaltou.

Sobre o ocorrido na Secretaria de Cultura, ele explicou que houve um desentendimento com uma servidora da pasta. O presidente afirmou que a funcionária em questão, tratou ele e outros quatro membros do conselho de forma grosseira, truculenta e mandou que eles saíssem do local. Táta esclareceu ainda, que a secretária de Cultura, Márcia Tude, interferiu na situação, ofereceu a própria sala para que os conselheiros pudessem se reunir e emitiu uma nota pedindo desculpas pelo fato. Ele também disse que a situação surpreendeu a todos, principalmente pelo fato da boa relação que existe entre o Conselho e a Secult.

Táta porém deixou claro que a secretária é uma pessoa e a servidora é outra, por conta disso o grupo registrou o caso na 18ª Delegacia Territorial ( DT/Camaçari ) e na Ouvidoria do município. ” Então vamos deixar as coisas esclarecidas, o Conselho da Cultura de Camaçari não apoia nenhum sensacionalismo político, não apoia e não participa. Certo é certo, errado é errado. O que Camaçari precisa hoje é de coerência e menos fake news’, concluiu.

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