A vereadora Professora Angélica (PP), eleita na cidade de Camaçari, foi impedida de fiscalizar a Escola Municipal Edivaldo Boaventura, na última quarta-feira (4). Segundo ela, um vigilante teria torcido seu pulso para evitar que gravações ocorressem no local. A parlamentar se dirigiu ao Hospital Santa Helena e, com o pulso enfaixado, registrou queixa na 18ª Delegacia Territorial (DT).

Na companhia do vereador Tagner Cerqueira (PT), ela foi à unidade escolar, localizada no centro da cidade. Em vídeos compartilhados por Angélica nas redes sociais, é possível ouvir um funcionário afirmando que seria necessária uma autorização para registrar as imagens. Em contrapartida, Angélica explica que é coberta por lei.

Na ocasião, a vereadora reclamava que pinturas estavam sendo feitas por cima de paredes totalmente rachadas, resultando numa reforma de baixa qualidade. “O vigilante torceu meu punho para eu não fiscalizar, não mostrar a obra mal feita”, disse. A professora relata que este não foi o primeiro episódio de agressão que já sofreu na cidade, listando outras situações ocorridas na Prefeitura Avançada e numa Unidade Básica de Saúde do município.

“Quem é que está dando essa ordem para que a Professora Angélica não possa fiscalizar as escolas? Querem me parar? Mas eu digo vocês não vão me parar, não. Porque eu estou aqui pra fiscalizar e cobrar. Vai acontecer o que? Eu perder a minha vida?! É isso que o prefeito vai esperar?!”, questionou. Ela aponta ainda um suposto descaso por parte do gestor Elinaldo Araújo (DEM) e da secretária de Educação, que já teriam sido informados sobre a reincidência deste tipo de situação.

Tagner Cerqueira foi às redes sociais para se manifestar em favor da vítima. “Extrapolaram o limite do absurdo”, escreveu. “Virou barbárie?! E eu vou dizer mais! Isso só está acontecendo porque é uma mulher que está indo pra cima mostrar à sociedade as falhas do atual governo. Machismo puro! Chega! Isso tem acabar!”, destacou em publicação feita no Instagram.

Em nota, a prefeitura de Camaçari se solidarizou com a vereadora, informando que vai apurar os fatos ocorridos e adotar as medidas cabíveis na forma da lei. O órgão também condenou qualquer tipo de ato de violência cometido contra parlamentares durante a fiscalização das atividades do Poder Executivo.

“A Prefeitura ainda reforça que o acesso dos parlamentares é livre e que não há nenhum tipo de orientação contrária sobre isso para os profissionais que atuam nos equipamentos públicos municipais”, concluíram.

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