De acordo com o major André Presa, da 59ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), na orla de Camaçari, o cumprimento das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19), estabelecidas por decreto municipal, ainda ocasiona um cenário de preocupação, sobretudo, na Costa camaçariense.

Segundo o major, as pessoas continuam “saindo, indo à praia”.

“Essa questão do isolamento social, as pessoas ainda não estão sensíveis a essa situação; estão saindo, indo à praia, tentando se distrair. Eu entendo até que ficar em casa muito tempo, mais de cem [100] dias, mas as pessoas precisam se proteger”, alertou.

“Eu oriento sempre que, se quer sair, tem alguma necessidade de sair, saia protegido, de máscara. Procure andar em locais isolados e evitar aglomeração. Infelizmente, as pessoas ainda não estão cientes desse problema sério que nos cerca”, acrescentou o major Presa.

Questionado sobre a retomada gradual do comércio, prevista para a próxima segunda-feira (27), o major destacou: “a minha preocupação é porque, o dono do comércio, ele tem que ter a responsabilidade. Imagine que um comércio, com espaço pequeno, se ele botar cem [100] mesas, as pessoas não vão entender e vão ocupar. Então, é preciso que esse proprietário, ele também nos ajude, ele também tenha essa consciência de disponibilizar o que realmente dê para se fazer, com segurança. A minha preocupação é essa, se o dono do comércio for o primeiro a não entender e quebrar essa regra, a gente não tem como controlar, o grande problema hoje é esse”, opinou.

Com relação a atuação da fiscalização, tendo em vista a retomada do comércio, o major Presa garantiu que “os erros agora, infelizmente, serão punidos”.

“A Força Tarefa, a Polícia Militar, a gente apoia. Mas, agora, o momento não é mais de orientar. Agora, a gente tá fazendo um trabalho mais duro, o momento, a fase de orientação já passou. Não se pode mais agora discutir, conversando com as pessoas; os erros agora, infelizmente, serão punidos”, contou.

As declarações foram concedidas ao Bahia No Ar, na tarde desta terça-feira (21), quando a prefeitura apresentou o dia 27 de julho como a data provável para a implantação da primeira fase do protocolo de retomada econômica na cidade, bem como na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o que inclui a reabertura gradual do comércio.

Na oportunidade, o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar de Camaçari, tenente-coronel Gabriel Neto, reforçou a fiscalização das medidas aplicadas no município.

“Nós vamos continuar obedecendo todos os protocolos registrados legalmente e fazendo acontecer, dentro da cidade, o que veio a trazer, inclusive, a condição de estabilidade com relação a curva do crescimento de infecção pelo Covid. Nossa obirgação é, cada dia, dá limite as questões, evitar as aglomerações, cumprir a lei e também cumprir a criminalidade na cidade, que essa não tem fronteira. Em qualquer momento, independente do covid, as pessoas, elas se lançam à processos de conflitos com a lei, o qual nós temos responsabilidade, com certeza, de garantir a segurança pública”, disse.

Ele ainda rememorou que o toque de recolher continua valendo na cidade.

“O toque de recolher, ele continua, nós teremos todo o acompanhamento necessário, como tem sido feito, para trazer as pessoas essa noção de restrição. Então, cada vez que aconteça qualquer fato que fuja ao novo normal, todas as medidas de responsabilidades criminais e sanitárias, serão adotadas e o cumprimento da lei será adotado”, finalizou o tenente-coronel Gabriel Neto.

Conforme prorrogação do decreto municipal, unificado com o Governo da Bahia, que foi publicado no domingo (19), o toque de recolher segue até o dia 26 de julho, com restrição de circulação noturna das 18h às 5h do dia seguinte.

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