As duas tabelas são alvos de uma disputa de interesses entre caminhoneiros e representantes do setor produtivo. De um lado, donos de transportadoras rodoviárias e caminhoneiros autônomos se queixam de que os valores hoje pagos pelo frete mal cobrem os custos das viagens, com combustível, pedágio, alimentação e manutenção do veículo. De outro lado, empresários de outros setores, principalmente do segmento agropecuário, alegam que o estabelecimento de um valor mínimo para o frete limita a concorrência e aumenta os custos de transporte de cargas.
O tabelamento do frete foi uma das reivindicações de caminhoneiros atendidas pelo governo no fim do mês passado para tentar terminar com a paralisação que durou 11 dias, afetando amplos setores da economia.
De acordo com a assessoria da ANTT, a reunião de hoje não deve ser conclusiva. Os técnicos da agência receberão as contribuições dos representantes dos caminhoneiros e continuarão “aprofundando as discussões sobre a matéria” a fim de cumprir a decisão de suspender os efeitos da resolução de ontem.