Ao longo da campanha ‘Novembro Azul’, mulheres transgênero, travestis e pessoas não binárias, que residem em Salvador, também podem realizar consultas ou exames que visam prevenir o câncer de próstata, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Na capital baiana, os multicentros na avenida Carlos Gomes e no Vale das Pedrinhas, bem como o Instituto Saúde e Cidadania, contam com equipes completas para o atendimento integral da saúde do homem, inclusive com médicos urologistas.

Para ter acesso aos serviços, o beneficiário SUS da capital baiana deve realizar o agendamento das consultas ou exames através de uma das 153 unidades básicas da rede municipal.

Segundo ressaltou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), aproximadamente cinco mil mulheres trans vivem na cidade. A pasta frisa que é muito importante que este grupo de pessoas também participe das ações promovidas pelo Novembro Azul.

“O preconceito, a vergonha e o medo de ir até uma unidade de saúde também afetam a vida das mulheres trans, dos travestis e das pessoas não binárias. Por isso, é importante sensibilizar e incentivar esse público para a prática do auto-cuidado. Mesmo aquelas mulheres transgênero que já fizeram a cirurgia de adequação de gênero também devem seguir um plano de acompanhamento periódico para o exame da próstata”, pontuou Paula Souza, que é coordenadora de Assistência do Multicentro Carlos Gomes.

O Ministério da Saúde alerta que, a partir dos 50 anos de idade, se torna necessária a realização anual do exame de toque retal (procedimento mais eficaz para detecção precoce de qualquer alteração na próstata). No entanto, indivíduos com histórico familiar da doença devem realizar o exame mais cedo, aos 45 anos de idade.

“O diagnóstico precoce aumenta em até 90% as chances de cura do paciente com câncer de próstata. Por isso, é necessário quebrar todo tipo de tabu e ter a consciência que o cuidado com a nossa saúde deve sempre ficar em primeiro lugar”, explica Paula Souza.

0 0 votos
Article Rating