Depois quase cinco anos administrando a cidade de Candeias a prefeita Maria Maia (PMDB), poderá ter seu mandato cassado nesta semana. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), vai finalmente julgar o processo de cassação da Peemedebista. A sessão que cassaria Maria Maia foi adiada na semana passada, quando o juiz Mauricio Kertzman pediu vista ao processo transferindo a decisão. De acordo com informações de fontes ligas ao órgão, Kertzman já devolveu o processo ao relator e é bem provável que na próxima sessão, na próxima quarta-feira (18), finalmente Maria Maia seja cassada e fique inelegível por oito anos.

Derrota certa de Maia. O desembargador Josevando Andrade, corregedor do órgão e relator do texto, já deu parecer favorável à denúncia do Ministério Público que acusou a gestora de abuso do poder econômico, gastos não contabilizados da campanha – ou seja, caixa 2 – e o recebimento de R$ 266 mil de uma doadora que morreu nos Estados Unidos quatro anos antes das últimas eleições municipais

Tentativa de Manobra

Os advogados de Maria Maia tentaram adiar o julgamento e recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a gestora de Candeias foi derrotada mais uma vez, o ministro Marco Aurélio, indeferiu o pedido.

Marco Aurélio disse que a prefeita apresentou quatro recursos apenas para “retardar o andamento do processo” e que, quando intimada a apresentar provas, optou pelo silêncio. Maria Maia e seu vice, Antonio Raimundo dos Santos (PT), são acusados de abuso do poder econômico, gastos não contabilizados da campanha (caixa 2) e o recebimento de R$ 266 mil de uma doadora que morreu quatro anos antes das últimas eleições municipais, nos Estados Unidos.

As investigações da doação da senhora Almerinda Monteiro dos Santos, morta em 2004, foram realizadas pela Policia Federal, que encaminhou o inquérito para o MPF (Ministério Público Federal) na Bahia. Baseado nas provas, o MPF ingressou com uma ação penal contra a prefeita Maria Maia.

Além da prefeita, outras seis pessoas foram denunciadas pelo MPF e, se condenadas pelo TRE da Bahia, podem pegar de dois a seis anos de prisão por crimes de falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos.

Redação RMS Notícias