Com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para a falta de segurança, e em protesto pela morte de mais um colega, taxistas de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, realizam uma carreata na manhã desta terça-feira, 06, nas ruas da cidade.
De acordo com a categoria, o protesto saiu do local onde aconteceu o crime, no bairro da Urbis 1, até o cemitério de Candeias, onde será sepultado o corpo do taxista Domingos José Lisboa, 59 anos, morto no último domingo, durante tentativa de assalto.
O presidente da Associação Metropolitana de Taxistas (AMT), Valdeilson Miguel, destaca o fato de esta ser a quarta morte de taxista em Salvador e Região Metropolitana este ano. “Solicitamos ao governo a criação de uma delegacia especializada no atendimento aos taxistas, como existe a de atendimento a coletivos. A violência está cada vez maior e a nossa profissão é de vulnerabilidade”, desabafa.
Crime
Testemunhas relataram que Domingos estava em seu táxi, um Prisma branco, e voltava do trabalho para buscar a esposa e a neta quando foi abordado por dois homens armados.
De acordo com o delegado Marcos Laranjeiras, titular da 20ª Delegacia Territorial de Candeias, que investiga o caso, após os ladrões anunciarem o assalto, o taxista teria acelerado seu veículo quando acabou atingido por dois tiros.
Após ser atingindo no braço e no ombro esquerdo, Domingos José perdeu o controle da direção e bateu em outro carro. Os bandidos fugiram sem levar nada.
A vítima chegou a ser socorrido para o Hospital Ouro Negro, mas não resistiu. Domingos deixa cinco filhos.
Taxistas mortos em 2015
entre os meses de junho e julho, deste ano, três taxistas foram mortos em Salvador e Região Metropolitana. No dia 9 de junho, o taxista Rodrigo Gonçalves Lopo Dantas, 42, foi encontrado morto ao lado do táxi, em Cajazeiras de Abrantes, Camaçari. Ele foi baleado na cabeça e nas costas.
Quinze dias depois, em 25 de junho, Antonio Silva Santos, 52, foi morto no Stiep. O passageiro solicitou a corrida até a Rua Aloísio Mascarenhas, onde matou o taxista com um tiro.
Em 5 de julho, Carlos André Castilho dos Santos, 36, foi abordado por seis homens armados na Rua Apolinária Maria José Silva, próximo ao Conjunto Arvoredo e baleado diversas vezes.
