Dia após dia,o império dos Magalhães esta mais fragilizado em Candeias. Após ser derrotada nas eleições municipais de 2008 para a prefeita Maria Maia (PMDB), Tonha Magalhães tentou reeleger-se deputada federal pelo PR, em 2010, mas não obteve êxito. Assim como o seu filho, Junior Magalhães, não conseguiu retomar ao antigo poder e perderam as eleições juntos. Não bastasse isto, em 2012 Tonha mais uma vez perdeu as eleições municipais tendo abortado seu sonho de retomar a chefia do executivo da cidade que detém a 7ª maior economia do estado.

Derrotada nas ultimas três eleições 2008, 2010 e 2012, a ex-deputada Tonha Magalhães, integrou a lista do Tribunal de Contas da União dos candidatos fichas sujas. Apesar da constatação de prática de irregulares em sua gestão, o registro de sua candidatura foi acatado pela Justiça Eleitoral antes as eleições do ano passado. Tonha ainda responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal, a partir de denúncia formulada pelo Ministério Público do Estado da Bahia. Ela é acusada de fraude em procedimento licitatório, falsidade ideológica e negativa de vigência a lei federal. Os crimes teriam sido cometidos durante a gestão na Prefeitura de Candeias no ano de 2002.

Curiosamente, em 2012 Tonha Magalhães recebeu o apoio do pemedebista Geddel Vieira Lima sendo que o PMDB tinha candidatura própria no município encabeçada pelo candidato Sargento Francisco. Os dois fizeram campanha em lados opostos, e rivalizaram durante todo pleito eleitoral. Atualmente Francisco, prefeito de Candeias, está filiado ao PMDB, mas com malas prontas para o PSD, partido que apoiou a chapa de Tonha Magalhães em 2012.

Durante entrevista concedida ao programa Bahia Alerta, sob o comando de Roque Santos, Francisco afirmou que uma das condições para sua filiação ao PSD seria a liderança do partido na cidade, retirando assim o comando do PSD das mãos dos Magalhães, fragilizando ainda mais o império da velha guarda política de Candeias.

Os Magalhães comandaram o município por quase 20 anos, mas as derrotas consecutivas, denuncias e perdas de aliados políticos resumem este capítulo da vida de Tonha Magalhães, marcada também pelo abuso de poder econômico praticado pela ex-prefeita de Candeias Amiga Jú, prima e aliada política de Tonha, – fato que quase 4 anos depois foi confirmado pela Justiça Eleitoral da Bahia e ratificado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e levou a cassação da liderada de Tonha, Jú em julho de 2008.