Os bens dos empresários Bruno e Leonardo Bordoni de Oliveira, foram bloqueados pela Justiça, após operação da Polícia Civil deflagrada na manhã desta terça-feira, 10. A ação visava desarticular um esquema de sonegação de impostos da empresa JB Refeições Industriais Ltda, de propriedade dos irmãos. O prejuízo ao estado já soma R$ 4,8 milhões.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em empresas, escritórios de contabilidade e residências de Salvador, Candeias, na Região Metropolitana, e em Santo Amaro, no recôncavo baiano. Os irmãos vivem em condomínios luxuosos de Salvador. Bruno mora no Condomínio Vale do Loire, no Rio Vermelho, e Leonardo, na Mansão Chateau do Horto, no Horto Florestal. Ao todo, 73 servidores estaduais ligados aos órgãos envolvidos na força-tarefa, participam da ação.
A investigação, iniciada há um ano com base em dados coletados pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz), levantou indícios de fraude na empresa JB Refeições Industriais Ltda. Ligada ao Grupo Bordoni, também dos irmãos Bruno e Leonardo, que está no nome de dois "laranjas". A empresa está em nome de dois empregados dos irmãos que não têm condições financeiras de arcar com o tributo. O grupo tem participação em outras empresas como uma locadora de veículos, uma prestadora de serviços de transporte e uma patrimonial.
Por causa das fraudes, a JB Refeições Industriais Ltda apresenta crescente volume de crédito tributário, mas uma significativa redução no faturamento, o que demonstra indícios de outras práticas de sonegação fiscal, segundo aponta a Sefaz.
A operação teve como objetivo obter documentos que comprovam os atos fraudulentos da empresa, que colocava sócios laranjas no lugar dos verdadeiros sócios para eximir-se das obrigações junto à Fazenda Pública Estadual.
A operação foi realizada por força-tarefa formada pelas Secretarias da Fazenda (Sefaz-Ba), de Segurança Pública (SSP), por meio da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), a Procuradoria Geral do Estado, via Procuradoria Fiscal, e o Ministério Público Estadual (MPE), por meio da Promotoria de Justiça Especializada em Combate à Sonegação Fiscal de Âmbito Regional, com sede na Comarca de Camaçari, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular (Gaesf).Com informações do Atarde