A queda da prefeita do município de Candeias, Maria Maia (PMDB), abalou os pilares – nem tão firmes – da política da pequena cidade que era alvo de críticas pela administração da alcaide cassada. Quem estava na mesma embarcação da gestora, como era o caso do vice-prefeito Antônio Raimundo (PT), afundou no mar negro e sombrio provocado por uma onda de ilegalidades praticadas pela peemedebista antes e durante a sua administração.
A queda do vice, mais conhecido como Loteba na região, foi lamentada pela sua companheira de partido, a vereadora Marivalda da Silva (PT). “A gente sabia que, em algum momento, isso poderia acontecer, mas o que a gente lamenta mesmo é que o vice-prefeito, o nosso amigo Loteba, acabou sendo prejudicado, uma pessoa que não tem nada a ver com a situação”, disse.
Apesar de não estar satisfeita com a saída de Loteba da prefeitura, a vereadora entende que a penalidade é um cumprimento da lei. “Infelizmente a lei é clara em relação a isso, o vice-prefeito também responde mesmo sendo inocente no processo, e Loteba acabou sendo eliminado do processo políctico”, argumentou.
A parlamentar defendeu o afastamento do PT da base governista e salientou a necessidade de o município sair do “processo de lentidão”. “Com nove meses de administração saímos da base da prefeita, porque entendíamos que ela não honraria os compromissos com estamos vendo, e a gente entende que agora Candeias precisa sair desse processo de lentidão que perdura por 20 anos”, ressaltou.
Marivalda torce para que o prefeito que assumirá o cargo interinamente faça valer o cargo que ocupa. “A gente espera que o novo prefeito que vai sair de uma decisão judicial tenha o compromisso renovado de tirar a cidade desse caos, pelo menos até o período eleitoral”, argumentou.
Por Henrique da Mata