O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), “filho 02” do presidente da República, usou suas redes sociais nesta segunda-feira, 1, para atacar mais um general do governo Jair Bolsonaro. Depois deHamilton Mourão e Santos Cruz, o alvo da vez foi o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno.
Sem citar o nome do ministro, Carlos levantou suspeitas sobre a conduta do GSI no episódio que levou à prisão o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, flagrado na Espanha com 39 kg de cocaína em voo da Força Aérea Brasileira (FAB). O fato marca mais um capítulo dos ataques da ala ideológica contra a ala militar do governo. O comentário de Carlos foi feito nas redes sociais do vereador.
“Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI?”, respondeu o vereador Carlos Bolsonaro em um comentário. “Sua grande maioria podem (sic) ser até homens bem intencionados e acredito que sejam (sic), mas estão subordinados a algo que não acredito. Tenho gritado em vão há meses internamente e infelizmente sou ignorado. Estou sozinho nessa, podendo a partir de agora ser alvo mais fácil ainda tanto pelos de fora tanto por outros.”
Após o comentário do vereador ganhar repercussão nas redes – ele próprio o compartilhou no Twitter -, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, afirmou a jornalistas em entrevista coletiva que o GSI possui qualificação “bastante extremada” e que seus recursos humanos “são preparados da melhor forma possível para promover segurança”.
O porta-voz informou aos jornalistas que não comentaria a publicação do filho do presidente. “Mas sabemos que é uma qualificação bastante extremada (a que o GSI possui), com profissionalismo, com treinamento nas mais diversas condições e já reconhecido, inclusive, por outros órgãos de segurança”. Procurado, o general Augusto Heleno não respondeu. Na semana passada, o Ministério da Defesa informou que o GSI não teve responsabilidade sobre o avião de apoio que o militar ocupava