O vice-prefeito de Camaçari, José Reis Tude, está em uma situação, no mínimo, complicada com sua legenda. Membro do PMDB desde 2015, Tude disse: “não recebi nem um real daqueles 51 milhões”, referindo-se à quantia encontrada no bunker, no bairro da Graça, em Salvador, que pertence ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, principal articulador do partido na Bahia e negando participação em esquemas de campanhas.

Essa declaração se deu na tarde desta terça-feira (26/09) em entrevista ao programa de rádio Conectado, novo produto do site Bahia No Ar, comandado por Roque Santos. O radialista questionou o gestor uma vez que em declaração à Polícia Federal, Gustavoz Ferraz, ex- diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), envolvido também num dos maiores escândalos políticos da atualidade, afirmou que o dinheiro seria para abastecer campanhas de prefeituras do PMDB.

Tude negou veementemente quaisquer envolvimento. E se as malas milionárias de Geddel o levaram à prisão, Tude, por sua vez, parece fazer as malas da legenda. Ele declarou que “Não está descartada a minha saída do PMDB para ingressar em outro partido. Estou aguardando a reforma de política para ver o que Brasília define, para ver os rumos da minha candidatura para deputado federal em 2018”.

Contudo, mesmo rechaçando os fatos envolvendo Geddel, o vice-prefeito Tude ainda defendeu a posição do Ouvidor Municipal de Camaçari, Osvaldinho (PMDB), que na ocasião (08/09) da prisão de Geddel se manifestou nas redes sociais solidário ao político. “Eu não faria o mesmo. É uma situação terrível. Mas eu acredito que foi algo em solidariedade, porque Osvaldinho é amigo da família, de Lúcio (deputado federal Lúcio Vieira Lima) de todos. É algo de amizade. Mas tenho certeza que ele não corrobora com esse gesto de Geddel”, concluiu.

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