A Polícia Civil informou neste sábado (9) que o marido da cigana Hyara Flor, de 14 anos, suspeito de assassiná-la no ano passado, teve uma medida cautelar de internação em uma unidade socioeducativa enviada à Justiça. O pedido vem após uma análise de laudos complementares feitos pelo pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), que considera necessário a ação.

A internação tem como justificativa a importância para realizar a conclusão do caso, com novas apuração e, principalmente, protegendo a integridade física do adolescente. O marido da vítima havia ser apreendido por ser o principal envolvido no feminicídio, mas dias depois foi solto após a conclusão do inquérito.

Na primeira análise pericial, é afirmado que o responsável pelo tiro à queima roupa que atingiu fatalmente a cigana, na verdade, foi o irmão do então suspeito, uma criança de 9 anos. No entanto, a família de Hyara contestou a decisão e solicitou novas investigações.

O pai dela, que foi a principal pessoa que clamou por justiça nas redes sociais e imprensa, afirma que o crime foi cometido por vingança familiar, já que a sogra de Hyara estaria tendo um caso extraconjugal com o tio da menina.

A Polícia Civil não declarou mais informações sobre o caso, para não atrapalhar as investigações.

 

Relembre o caso

MP questionou laudo da morte de Hyara

Ministério Público questiona laudo da morte de Hyara Flor

O Ministério Público (MP-BA) enviou um ofício à Coordenadoria Regional de Polícia Técnica de Porto Seguro questionando alguns pontos sobre a morte da cigana, de 14 anos, Hyara Flor, após a família contratar um perito de São Paulo.

A família de Hyara contratou o perito forense Eduardo LIanos. Com 30 anos de carreira, o parecer emitido pelo perito contestou a versão da Polícia Civil da Bahia. Eduardo LIanos teve acesso ao inquérito da morte de Hyara e conclui que um menino de 9 anos não teria como atirar contra a adolescente com a pistola calibre 380. 

A informação divulgada pelo G1 diz que os questionamentos são sobre questões técnicas do disparo da arma de fogo, como: a bala ficou alojada em qual vertebra? Arma foi disparada para baixo? Qual o motivo de não ter sido apresentado o laudo anterior a trajetória da bala? Foi realizado algum exame nas mãos de Hyara que comprove vestígio de pólvora?

As investigações do assassinado da cigana Hyara Flor foram concluídas no dia 10 de agosto, por meio da Delegacia Territorial (DT), do município de Guaratinga, onde o caso aconteceu. De acordo com a polícia da Bahia, o cunhado da cigana, que tem 9 anos, atirou na região do pescoço dela de forma acidental.

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