Na madrugada de hoje, 19, três Batalhões da Polícia Militar (PM) do Ceará foram invadidos por alguns grupos encapuzados e mascarados. Nas ações, que ocorreram no 17º Batalhão (bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza); no 22º Batalhão (bairro Papicu, em Fortaleza); e no 12º Batalhão de Caucaia (na Região Metropolitana da capital cearense), viaturas oficiais foram levadas e pneus de veículos particulares foram rasgados e esvaziados.

Dentre os registros, o caso mais grave aconteceu no 22º Batalhão, cerca de 10 veículos da corporação foram levados de dentro do local por um grupo composto por aproximadamente 30 pessoas.

No 17º Batalhão, 20 suspeitos mascarados invadiram o pátio e rasgaram, com facas, os pneus de carros da polícia e de veículos particulares de agentes. E no 12º Batalhão, homens esvaziaram os pneus de veículos da PM. No local, estavam agentes de segurança de plantão, além de mulheres e familiares de policiais que protestam por aumento salarial para a categoria.

Ademais, em cinco cidades do interior, Batalhões também amanheceram fechados.

Na manhã desta quarta-feira, após as ocorrências, representantes da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SPPDS) se reuniram com o governador do Estado, Camilo Santana, para definir medidas relacionadas aos atos. Até o momento, o órgão ainda não divulgou um posicionamento oficial sobre o que ocorreu nos Batalhões.

Segundo o G1, as ações foram motivadas depois do início da tramitação, na Assembleia Legislativa do Ceará, de uma proposta de reajuste salarial de policiais e bombeiros militares do estado. O projeto tem provocado distintas crise entre parte da categoria e o governo estadual.

A proposta foi enviada à Assembleia Legislativa pelo governador do Ceará, Camilo Santana, na semana passada.

Conforme a proposta, o salário-base de um soldado será de R$ 4,5 mil, com aumento progressivo até 2022. O salário atual da categoria é de R$ 3,2 mil. A proposta inicial, rejeitada pelos policiais, era aumento para R$ 4,2 mil até 2022.

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