De acordo com uma matéria veículada no Jornal A tarde, nesta segunda (20), aproximadamente 65 toneladas de carnes bovinas clandestinas foram apreendidas no estado da Bahia em 2013. Um número superior ao realizado em 2012, que somou 39 toneladas, resultando em um crescimento de 66%.

No mês de abril deste ano, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab) realizou, em parcerias com órgãos especializados, a apreensão de cerca 50 toneladas de produtos clandestinos, tudo localizado no bairro de Valéria, em Salvador. Júlio Farias , presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados da Bahia (Sincar) , afirma em entrevista ao jornal que, o maior registro de carnes clandestinas vem das cidades do interior.

No estado da Bahia estão registrados 33 frigorificos privados, estes chegam a tratar 880 animais, na maioria bovinos. Aqueles criadores que seguem as normas para esse tipo de serviço e abatem em locais inspecionados pelo órgão competente, recebem isenção fiscal, além de outros ganhos como, por exemplo , o aproveitamento das vísceras do animal. Mas, segundo Farias, a falta de fiscalização das prefeituras e a ignorância dos podutores contribuem para o crescimento neste tipo de crime.

Segundo Relatório da ONG Amigos da Terra, em um trabalho realizado por um período de oito meses, no que diz respeito ao Brasil, um terço da carne que chega à mesa do brasileiro não passa por inspeção sanitária, alcançando 33% da carne consumida. Esta pesquisa foi lançada no Congresso Nacional, em audiências públicas, no Senado e na Câmara dos Deputados.