Na noite do domingo (28), conforme mostrou um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), revelado pelo programa Fantástico, da TV Globo, cerca de 620 mil pessoas receberam o Auxílio Emergencial de R$ 600 sem ter direito. Nessa lista está, inclusive, pessoas que já vieram a óbito. Sendo valido destacar que o benefício é destinado, sobretudo, aos trabalhadores informais afetados diretamente pela crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Segundo o relatório, no mês de abril, o Ministério da Economia creditou R$ 35,8 bilhões para, aproximadamente, 50 milhões de cadastrados aprovados em todo o território brasileiro. A fiscalização realizada pelo Tribunal acabou verificando que pessoas com alto poder aquisitivo, que viviam em imóveis de alto padrão, coberturas e até com casamento marcado no Caribe estão recebendo o benefício, também voltado aos brasileiros em situação de vulnerabilidade social.


Ainda conforme ressalta o TCU no documento, as irregularidades devem gerar um prejuízo estimado em mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Inicialmente, a reportagem tinha sido censurada pela Justiça do Rio Grande do Sul, tendo em vista que moradores da cidade de Espumoso foram citados ao longo do conteúdo. No entanto, a RBS, afiliada da TV Globo no estado, recorreu e conseguiu veicular a matéria na televisão.

Ao todo, cerca de 235 mil empresários foram citados durante a reportagem como tendo recebido o Auxílio Emergencial do governo federal, sem ter direito.

Veja a seguir outros dados que foram expostos pelo relatório:

  • 15 mil pessoas receberam o auxílio, mesmo com renda superior ao estabelecido;
  • 7 mil pessoas que estão cumprindo pena receberam o Auxílio Emergencial;
  • 134 mil servidores públicos ou pensionistas receberam o Auxílio Emergencial;
  • De acordo com a Caixa Econômica Federal, instituição bancária responsável pelos repasses do benefício, informou à reportagem da TV Globo que o Ministério da Economia já suspendeu 600 mil benefícios desde o início da distribuição do auxílio por conta de fraudes.

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