Que falta fez aquela correria de Rildo pelos lados no 0x0 do Vitória contra o Itabuna, domingo, no Barradão. O atacante, titular nas três primeiras rodadas do Baiano, não marcou nenhum gol, mas sofreu três pênaltis e aprontou contra as zagas adversárias.

Com uma distenção no ligamento do joelho esquerdo, Rildo fica de fora ainda por cerca de dez dias. Contra o Itabuna, o treinador Toninho Cerezo optou pelo experiente Geovanni. O rendimento não foi o esperado e Adaílton entrou outra vez no 2º tempo.

Hoje, contra o Fluminense de Feira, às 22h, no Joia da Princesa, com transmissão da TV Bahia, será a chance do jovem Alan Pinheiro, de apenas 19 anos. De cara, ele já apresenta suas características. “Sou jogador de muita velocidade, de beirada”, afirma o tímido garoto, nascido em Brumado, no Sudoeste do estado. As virtudes são as mesmas que fizeram o time sentir tanta falta de Rildo.

Alan chegou ao Leão há dois anos, quando fez teste para as categorias de base, e admitiu surpresa ao receber o colete de titular do técnico Toninho Cerezo no treino, ontem. “Mas estava trabalhando forte para tentar essa vaga”.
A estreia como profissional aconteceu contra o Juazeiro, quando entrou no 2º tempo. O atacante chegou a marcar um gol, anulado pela arbitragem. “Foi meio difícil, tava nervoso. Mas, se for o caso de entrar amanhã, já vou estar mais tranquilo”, garante.

Com as ausências de Geovanni e Adailton até mesmo entre os relacionados para a partida, a presença de Alan Pinehiro é quase 100% certa, já que, além dele, apenas os atacantes Neto Baiano e Dinei – que ainda não aguenta jogar os 90 minutos – estão entre os relacionados.

Na coletiva de imprensa, o garoto ganhou elogios do comandante: “O Alan é jovem, compõe bem e marca. Não tem medo de dividir. Você dá uma instrução e ele entende o que você quer. Eu particularmente gosto dele”. Que moral com Toninho Cerezo!

Para que o time tenha um melhor rendimento do que no insosso empate em 0x0 no último domingo, contra o Itabuna, o técnico pede mais dinâmica em campo. O objetivo é que os jogadores aprendam a jogar também sem a bola.

“O Marquinhos, por exemplo, é um jogador diferenciado. Mas ele fez um coletivo essa semana e reparei que ele não recompõe bem quando o time está sob pressão. O mesmo caso é o do Geovanni, que é craque, mas precisa jogar também sem a bola”, explicou o técnico, exigindo maior participação dos jogadores. “Quero um time dinâmico, com velocidade e muita doação em campo”, finalizou.