O percentual de cheques sem fundos chegou a 1,95% de todos os documentos compensados, o maior nível desde 2009, quando 2,15% dos cheques voltaram, informou a Serasa Experian nesta segunda-feira (23).
No ano passado, pouco mais de 1 bilhão de cheques foram emitidos, sendo que 19,7 milhões não tinham fundos, ou seja, são os famosos “cheques voadores”.
As razões para o aumento do calote do cheque são a elevação da inadimplência do consumidor em geral, a inflação que reduz o poder aquisitivo das famílias, aumento do endividamento e os juros altos, que encareceram o crédito.
O percentual de cheques sem fundos recuou no último mês de 2011, quando foi de 1,99%. Em novembro, os "cheques voadores" chegaram a 2,19% do total.
Segundo os economistas da Serasa, a queda na passagem de novembro para dezembro "indica que, além do uso de parte do 13º salário para o pagamento dessas pendências, pode haver uma melhora a caminho na relação".
Calote por Estado
Roraima permanece na liderança isolada entre os estados que mais registram cheques sem fundos. Entre janeiro e dezembro do ano passado, 12,4% dos documentos emitidos retornaram porque não tinha dinheiro na conta.
Na segunda posição aparece o Acre, com 9,25% de rejeição do cheque por falta de fundos e, em terceiro, vem o Maranhão (8,6%).
Por outro lado, estão acima da média brasileira de calote com o cheque os Estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, onde a devolução foi de 1,45% do total em 2011.