O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) anunciou a retomada de sua candidatura à Presidência da República, após breve suspensão por conta de divergências com membros do seu partido. Em entrevista realizada na quarta-feira (10), ele pareceu ter superado o conflito interno.

“Volto à luta porque meus companheiros de partido me deram um sinal muito generoso e corajoso e só fazem esse tipo de gesto aqueles que têm compostura”, Ciro declarou à CNN.

A pausa na campanha aconteceu na última semana, quando deputados do PDT votaram a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios. Ciro Gomes se posicionou afirmando que os colegas precisavam rever o posicionamento, destacando ainda que a PEC em questão seria um grande erro. 11 deputados mudaram o voto em segundo turno, no entanto, a proposta acabou sendo aprovada da mesma maneira.

Na última entrevista, Ciro aproveitou para criticar os possíveis adversários na corrida pela chefia do Executivo. “A candidatura de Moro só vai agravar sua crise de identidade. Ele vivia disfarçado de juiz e agora quer se disfarçar de político para resolver suas enormes contradições. Nenhuma das vestes lhe cabe”, pontuou.

O presidenciável não deixou de citar seus rivais com maior popularidade. “Meu inimigo não é Lula nem Bolsonaro, é o modelo econômico que permitiu que o Brasil passasse dez anos seguidos sem crescer. Meu inimigo também é esse modelo de governança que trouxe a corrupção e o clientelismo para o centro da política”, ele disse.

“A solução para a tragédia do presente não pode ser a volta ao passado. A solução é paciência, humildade, fé na inteligência do povo e deixar o tempo amadurecer as coisas. É a isso que vou me dedicar!”, concluiu.

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