O ex-governador da Bahia e ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), falou sobre o trabalho que está exercendo no Palácio do Planalto e aproveitou para criticar sobre o formato político em Brasília, capital federal.

A fala foi feita na última sexta-feira (2), em uma agenda na cidade de Itaberaba, centro-norte baiano, onde acompanhava o atual governador e seu afilhado político, o também petista Jerônimo Rodrigues.

Em seu discurso, Rui foi direto ao relatar sobre a dificuldade que o governo Lula encontra com o Congresso Nacional mais precisamente a Câmara dos Deputados. “Brasília é difícil porque lá fazer o certo, para muitos, está errado. E fazer o errado, para muitos, é que é o certo na cabeça deles”.

O político ainda aproveitou para criticar um ponto histórico: a criação da capital federal em 1960. Segundo ele, foi um erro afastar a capital do povo brasileiro, isolando-a no centro do país, e que ela deveria se manter no Rio de Janeiro ou até voltar para Salvador. Por fim, Rui chama a cidade de “ilha da fantasia e bolha ilusória”.

“Vocês podem ter certeza. Brasília não vai me mudar e eu vou lutar com todas as minhas forças para mudar Brasília e mudar aquele jeito de encarar o que é coisa pública”, finalizou o ministro em seu discurso.

O pronunciamento, entretanto, não soou nada bem na área política. O deputado distrital – equivalente ao estadual – Chico Vigilante (PT) disse em seu Twitter que Rui Costa não conhecia nada de Brasília e o convidou para conhecer o verdadeiro Distrito Federal. Veja:

Um outro perfil publicou um vídeo do mesmo parlamentar, que criticou de forma ácida a fala do ex-governador baiano. Segundo ele, a Bahia não teria se desenvolvido se Brasília não tivesse sido criada, e ressaltou que o discurso foi “muito infeliz”.

De acordo com os próprios membros do governo, a reclamação de Rui cai como uma bomba em um ambiente que já está cheio de atritos. E que o posicionamento vir justamente do líder da articulação política entre presidente, ministros e congressistas soa como um grande problema para a gestão federal.

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