O coletivo Black Ordem realizou a primeira reunião geral nesta sexta-feira (28), no escritório-sede localizado no Centro de Salvador. O objetivo do encontro foi apresentar as ideias centrais do grupo formado por advogados(as), bacharéis, juristas e estudantes negros(as) interessados em construir uma espécie de “quilombo jurídico”.

Segundo os integrantes, a intenção é promover acolhimento e criação de oportunidades para profissionais e estudantes negros(as), além de ser um facilitador ao acesso à Justiça para a população.

O coletivo busca também, a partir da expertise dos profissionais, fiscalizar, aprimorar e propor políticas públicas antirracistas e de igualdade de gênero no sistema de Justiça baiano.

Segundo o presidente do coletivo, o advogado Júlio Vilela, o encontro foi muito produtivo. “Um dos objetivos da Black Ordem é a construção de um sistema de justiça verdadeiramente democrático e ter a pluralidade que compõe e marca da nossa população e sociedade, de modo que esta proposição concretiza um novo passo para a presença de pessoas negras nos espaços de poder e decisão, ampliando a promoção de justiça, equidade e reparação”, destacou o jurista.

Censo racial

De acordo com o presidente, o Black Ordem tem um papel fundamental na mobilização e articulação da advocacia negra baiana. O próximo passo do grupo é realizar um diagnóstico como um dos meios de enfrentamento ao racismo.

“O censo racial é um importante elemento para esse diagnóstico. Pensando nisso, o Black Ordem vai retomar o diálogo com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para cobrar a realização de estudo do perfil socioeconômico e racial dos advogados e advogadas. Vivemos novos tempos, e afirmamos que seguiremos na luta por transformação do sistema de justiça a partir de uma perspectiva plural”, pontuou Vilela. A vice-presidente do Black Ordem é a jurista Lídia Costa.

0 0 votos
Article Rating