Essa “mesclagem” típica da Bahia em misturar partidos e votar em candidatos, muitas vezes, de legendas completamente diferentes está levantando uma certa preocupação e ansiedade entre os políticos que ficam à deriva em busca de apoio.

O ex-presidente Lula da Silva disse que espera que o Partido dos Trabalhadores (PT) mantenha aliança com o Partido Progressista (PP) na Bahia, o que provavelmente não será possível se o presidente Jair Bolsonaro se filiar ao PP, já que é uma condição do presidente não apoiar o PT. A decisão da filiação de Bolsonaro será anunciada em novembro.

“Eu sei que muitas das coisas que o Rui Costa está fazendo na Bahia depende da aliança que ele tem com todas as correntes políticas e eu espero que isso continue. Eu não sei qual será o comportamento do PP se o Bolsonaro se filiar ao PP”, destacou o ex-presidente Lula que vai definir sua candidatura só depois do Carnaval de 2022.

Na Bahia, essa aliança tem dado certo, até agora, com o governador Rui Costa (PT) e o vice-governador João Leão (PP) entre os exemplos citados por Lula. O ex-candidato a vice-prefeito de Camaçari, Fábio Lima, que até então é do PP, já disse que será difícil continuar no partido com a chegada de Bolsonaro, e se isso acontecer, ele vai para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

No entanto, no presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), em entrevista na semana passada, alertou que com a reaproximação do Lula ao MDB, a campanha do pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil – Fusão de DEM e PSL), pode enfraquecer.

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