Após 86 dias de greve das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), e uma reunião com o governo nesta quinta-feira (6), os professores da rede, decidiram encerrar a paralisação que foi iniciada no dia 13 de maio.
De acordo com os professores, o governo do estado assinou acordo proposto pelos docentes. As assembleias gerais dos professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) autorizaram os representantes das Associações Docentes a assinar o termo de acordo, informou o sindicato dos professores.
“A greve, com assinatura do acordo, está finalizada. Segunda-feira as atividades devem ser normalizadas. Vamos fazer uma assembleia para avaliação do movimento e para avaliar o calendário. Conseguimos todos os direitos trabalhistas, como promoção para os professores, devolução do orçamento da universidade cortado em janeiro e conseguimos garantir orçamento para 2015”, disse Carolina Maia, diretora da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb).
Haverá uma nova assembleia para ajuste de calendário e avaliação do movimento, sem data definida.
Entre os quesitos contidos no termo de acordo estão a revogação, em até 60 dias, da lei que interfere na autonomia didática, administrativa e financeira das universidades, e a implantação dos processos represados de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho em até 60 dias.
Também foi garantido fluxo mínimo para que mais docentes possam ter promoção na carreira até o final do ano. Os recursos para os fins virão de orçamento extra ao previsto às universidades. Ainda sobre o orçamento, o governo a se comprometeu a não realizar cortes e contingenciamento orçamentário nas universidades estaduais até o final do ano. Além disso, foi acertada a devolução das cotas mensais do orçamento, retiradas por Rui Costa no primeiro trimestre de 2015.