Alunos da Faculdade 2 de Julho, localizada no bairro do Garcia, em Salvador, procuraram o Bahia No Ar para denunciar o suposto descaso da instituição com seus educadores. A faculdade teria descumprido obrigações trabalhistas e previdenciárias, resultando em uma greve iniciada na segunda-feira (22).
De acordo com o Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro), profissionais com atuação na Faculdade 2 de Julho deliberaram pela paralisação em assembleia realizada no último dia 17, afirmando que há professores sem receber salário desde janeiro de 2021 e outros que não são pagos há seis meses.
O sindicato conta que férias e décimo terceiro salário também não foram recebidos. “Os professores vêm tentando uma interlocução direta com a direção da faculdade e o conselho curador da fundação, porém sem sucesso”, o Sinpro destaca, revelando ainda que há pessoas passando necessidades por conta da falta de pagamento.
Em nota oficial divulgada na terça (23), a instituição informou que decidiu manter as aulas nos cursos de Direito, Administração e Comunicação, a fim de garantir que os alunos pudessem concluir o semestre. Para isto, no entanto, não foram solucionados os problemas dos educadores. A faculdade disse que contará com o suporte de “professores parceiros” enquanto busca a solução para o impasse com os colabores.
O Bahia No Ar entrou em contato com a assessoria da 2 de Julho, recebendo a informação de que não há previsão para que esses professores temporários cheguem e nem para que os antigos retornem, por falta de verba.
“A Direção da Fundação 2 de Julho compreende o pleito dos colaboradores, mas se encontra impossibilitada de resolver a questão de forma imediata”, declararam, ressaltando que os canais de comunicação seguem abertos e que não há interesse em dificultar a solução da questão.
Confira o posicionamento na íntegra:
A Carta à Comunidade Acadêmica publicada nas redes sociais não foi o bastante para os estudantes da instituição de ensino superior, que seguem denunciando um movimento de desvalorização dos educadores e cobrando uma solução por parte do diretor da instituição, Marcos Baruch.