Nesta quarta-feira (24/11), a comissão mista do Congresso Nacional, que acompanha as medidas de combate ao novo coronavírus (Covid-19), aprovou requerimentos para ouvir o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele será convidado a falar sobre os testes RT-PCR retidos em estoque, prestes a vencer, e também sobre reuniões realizadas com laboratórios que desenvolvem vacinas contra a doença.
No entanto, por se tratar apenas de um convite, a participação de Pazuello não é obrigatória.
Na pauta, um dos requerimentos solicita a realização de uma audiência pública com o ministro, visando “buscar informações e esclarecimentos” sobre o possível descarte de milhões de testes para detecção do novo coronavírus no país.
Uma denúncia, realizada através de uma reportagem publicada no domingo (22/11) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, revelou que o Ministério da Saúde armazena, em São Paulo, um estoque com cerca de 6,86 milhões de testes para a Covid-19 que podem perder validade até janeiro de 2021.
Outro requerimento, também aprovado na presente data, pede que o Ministério da Saúde preste informações sobre os motivos para a não distribuição desses kits de testagem, até o momento.
O documento ainda solicita que a pasta informe o plano de distribuição dos testes e o número exato de exames que estão em estoque. Nesse caso, a resposta é obrigatória e deve ser protocolada em um prazo de até 30 dias. Caso contrário, o ministro pode responder por crime de responsabilidade.
Já um terceiro requerimento aprovado nesta terça pela comissão mista pede audiência pública, também com a presença do ministro da Saúde, para esclarecer dúvidas sobre reuniões realizadas na semana passada com cinco laboratórios cujas vacinas para a Covid19 encontram-se em fase avançada de desenvolvimento.
Na lista das empresas recebidas pelo Minsitério da Saúde estão: Pfizer, Janssen, Sputinik V, Moderna e Covaxin. Nesta série de encontros, o órgão não se reuniu com representantes da vacina chinesa batizada de CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Atualmente, o Brasil tem parceria para futura produção de três candidatas à vacina.
Além das parcerias, o governo federal fechou um acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para receber 42 milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19 dentro da iniciativa chamada Covax Facility. Entretanto, ainda não está definida qual será a empresa fornecedora.
A OMS monitora um portfólio de vacinas candidatas. O governo brasileiro vai investir aproximadamente R$ 2,5 bilhões no acordo.
Essa é a preocupação do governo com população e com o dinheiro público
Dinheiro público sendo jogado no lixo