Com a difícil tarefa de provar que não usou nenhum esteroide após ser pego no doping, Anderson Silva teve uma segunda derrota no caso. Primeiro, a Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC) negou o pedido do lutador para a contraprova ser analisada em outro laboratório. Agora, o diretor do órgão, Bob Bennett, afirmou que o combate entre Spider e Nick Diaz, no UFC 183, vai ficar sem resultado (no-contest). A afirmação foi feita ao jornal “Folha de São Paulo”.
– Sim, será alterado (resultado da luta) para “sem resultado” – informou o diretor do órgão, que é responsável por regular o esporte em Las Vegas e determina as punições aos lutadores flagrados no doping.
A resposta dá indícios de que Spider será punido pela comissão e deverá perder parte do prêmio recebido pela luta, que foi de US$ 800 mil (cerca de R$ 2,17 milhões), sendo US$ 600 mil de salário pela luta e US$ 200 mil de bolsa pela vitória, por decisão unânime, diante de Diaz.
– Não sei se ele receberá o bônus após a alteração do resultado. Isso é com o UFC. Mas uma porcentagem da sua bolsa deve ser retida por conta desse episódio de doping – explicou Bob Bennett à "Folha de São Paulo".
Anderson Silva atestou positivo para os metabólitos de drostanolona e androsterona, no exame realizado no dia 9 de janeiro, antes da luta marcada contra Nick Diaz no UFC 183, no dia 31. O ex-campeão dos pesos-médios, atualmente com 39 anos, nunca foi pego em qualquer exame antidoping na carreira. O atleta voltou aos octógonos no sábado, após ficar 13 meses se recuperando de uma fratura na perna esquerda.
Drostanolone é uma forma comum de esteroides anabolizantes. Androstano é uma forma de hormônio esteroide endógeno. Ambas as substâncias são proibidas de acordo com a Agência Mundial Anti-Doping (WADA).*Extra Globo.