Em reunião realizada no Complexo do Barradão, na noite da última quinta-feira (27), Membros do Conselho Deliberativo do Vitória reprovaram o orçamento previso para o exercício da temporada 2019. O presidente do clube Ricardo David apresentou uma estimativa de R$ 72 milhões no próximo ano, sendo que o valor de R$ 30 milhões seria proveniente da venda de atletas.
A decisão do Conselho foi baseada no fato da diretoria não ter entregue o orçamento ao Conselho Fiscal antes de submetê-lo a votação. O prazo para a apresentação do documento para elaboração de um parecer opinativo era o da 15 de dezembro.
Segundo a ata da reunião, o presidente do Rubro-Negro, Ricardo David, argumentou que o mês de dezembro é ruim para discutir as finanças do clube, “pois se trata de período sensível com relação às principais receitas como vendas de jogadores, direitos televisivos e de negociações que vão municiar de informações a fim da construção do orçamento”. Ele sugeriu que uma mudança entre na pauta de discussão do Conselho.
O vice-presidente do clube, Francisco Salles, argumentou que não houve má-fé em não ter apresentado o orçamento para o Conselho Fiscal, e usou como justificativa para o atraso a queda de arrecadação do Vitória, que disputará a Série B em 2019 e terá as cotas televisas reduzidas.
Conselheiros apontaram inconsistência nas informações apresentadas pelos dirigentes do Vitória como um dos motivos para rejeitar a proposta de orçamento. Em 2018, o clube tinha previsão de receita bruta de R$ 102 milhões, com R$ 94,5 milhões líquidos. A queda brusca no montante se deve, principalmente, pela queda para a Série B, perda de patrocinadores, como a Caixa Econômica Federal, e diminuição das cotas televisivas previstas.
A reprovação motivará a necessidade de apresentação de uma nova proposta, que só deverá ser apreciada na próxima reunião do conselho do clube. A previsão é que o Conselho Deliberativo se reúna em janeiro para apreciar um orçamento provisório, válido apenas para o primeiro mês do ano.