O consultor técnico com atuação no Ministério da Saúde, William Amorim Santana, revelou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta sexta-feira (9), que notou erros na nota fiscal da Covaxin. A negociação para compra da vacina indiana contra Covid-19 pelo governo brasileiro é alvo de suspeitas de superfaturamento.

Os erros citados por Santana consistem na previsão de pagamento adiantado, bem como no número de doses. A invoice (nota fiscal internacional) também vinha no nome de uma empresa diferente do laboratório responsável por produzir os imunizantes, o Barath Biotech.

“No mesmo dia encaminhei o pedido de correção para a empresa, tendo a empresa informado que ia corrigir. Também solicitei alteração de pagamento que estava na condição antecipado. Telefonei e pedi a correção. Na segunda vez não foi corrigido e mandei por escrito”, afirmou aos senadores.

No entanto, a empresa Precisa, responsável pela negociação no Brasil, teria se prontificado a realizar as correções. “O nome disso não é erro, é golpe”, o relator Renan Calheiros (MDB) destacou. Irregularidades no contrato de compra já tinham sido apontadas à Comissão, durante os depoimentos do deputado Luis Miranda e de seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda.

0 0 votos
Article Rating