Na quinta-feira (11/11), um protesto foi realizado por moradores da vila de Santo André, em Santa Cruz Cabrália, cidade no extremo sul da Bahia, contra uma festa de réveillon com previsão para durar 7 dias.

Os moradores relataram temor com a realização do evento, tendo em vista que a festa irá favorecer aglomerações de pessoas em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O protesto ocorreu em frente ao campo de futebol da vila. Segundo os moradores, até o momento, o povoado já registrou 7 casos da Covid-19, desde o começo da pandemia.

“Somos contra o momento em que o Brasil, o mundo, está enfrentando com essa pandemia”, afirmou o presidente da Associação de Moradores de Santo André (Amasa), Jânio Alcântara.

Os moradores também estão fazendo um abaixo assinado para pedir o cancelamento da festa à prefeitura da cidade e ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).

“As pessoas que estão assinando aqui são contra essa festa de 7 dias que estão querendo organizar na Casa Praia, no momento de pandemia. Não podemos reunir tanta gente, não podemos trazer tanta gente de fora, estamos preocupados com a saúde da vila. Até agora, nós nos cuidamos muito, temos pouquíssimos casos”, relatou uma moradora de prenome Marília Viegas, professora de ginástica na região.

Em contrapartida, outras pessoas asseguraram que são a favor da festa. Foi o caso da artesã, Andorinha Pataxó; ela acredita que os visitantes vão ajudar a melhorar a renda da localidade, que conforme destacado, sobrevive do turismo.

“Eu creio que com toda a responsabilidade, cuidados, e reduzindo a quantidade de pessoas, dá para acontecer. Porque, de qualquer forma, nós temos que começar assim mesmo, aos pouquinhos”, relatou Andorinha.

Na programação, o evento, que ocorrerá no Espaço Casa Praia, mais ao norte da vila, terá início no dia 27 de dezembro com previsão para terminar somente no dia 2 de janeiro de 2021.

A área onde vai ocorrer a festa tem 4 mil metros quadrados, é aberta, e tem capacidade para abrigar até 600 pessoas. Entretanto, por conta das restrições em meio a pandemia, a capacidade máxima permitida pela prefeitura em eventos é de 200 pessoas.

A produção local do evento afirmou que pediu autorização à gestão muncipal e ainda aguarda uma resposta. Ainda foi salientado que a festa vai gerar renda e empregos, e que todos os participantes e funcionários serão testados antes de entrarem no evento.

“Nós já procuramos os órgãos, principalmente a secretaria de saúde, a pessoa Renata, e da Vigilância Sanitária que é o Denison. Eles vão dar todo o suporte, já disseram para a gente que tem a possibilidade de testar todo mundo, com um preço de custo, então nós vamos arcar com esse valor”, contou Mirian Silva, produtora local do evento.

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