Um grupo de mineiros na Austrália decidiu fazer a sua própria versão do hit “Harlem Shake” no local de trabalho. A coreografia, porém, deixou os cerca de 15 trabalhores sem emprego. Segundo o jornal “The West Australia”, a empresa proprietária da mina de ouro considerou que o grupo violou sérias normas de segurança, ao produzir o vídeo.

Um dos mineiros, que preferiu não se identificar, disse ao jornal que estava apenas se “divertindo um pouco” com seus colegas de trabalho.

Numa carta citada pelo jornal, Barminco, a empresa que possui a mina, considerou que foram colocados em causa os seus “valores base de segurança, integridade e excelência”. Ainda acrescenta que os trabalhadores que participaram no vídeo não vão ser subcontratados pela empresa para nenhuma mina na Austrália ou no exterior.

Algumas pessoas aproveitaram o espaço de comentários no YouTube para deixar mensagens de apoio aos mineiros demitidos. “Devolva o emprego deles! Se você não pode se divertir, qual o significado da vida?”, disse um deles.

Dados da OMC indicam que a Austrália é o país que melhor paga os profissionais da mineração, que chegam a receber um salário anual de seis dígitos.

“Harlem Shake”

O vídeo “Harlem Shake” foi gravado ao som da música do mesmo nome, criação do DJ americano Baauer. Mania no YouTube, ele já ganhou diversas versões em inúmeras partes do mundo, contabilizando cerca de 12 mil remakes até o momento. Entre os mais populares estão o do exército norueguês e o do grupo musical Matt and Kim.

No geral, para criar sua própria versão do “Harlem Shake” (algo como “o agito do Harlem [bairro de Nova York]"), um grupo de pessoas grava uma situação corriqueira, como um ambiente de trabalho, na qual só um dos membros dança de maneira frenética. O resto da turma lhe é indiferente.

Na primeira metade da trilha há apenas uma pessoa dançando, em um ritmo menos intenso. Após o fim do momento “dançarino solitário” (durante o qual a canção é composta por um crescendo eletrônico e a frase “con los terroristas” repetida pelo vocalista), nos segundos finais, todos os integrantes passam a dançar, muitas vezes fantasiados, com movimentos frenéticos. Fonte: Correio