O torcedor do Corinthians e seu colega que foram baleados na noite de sexta-feira (20), na cidade de Santo Estêvão, Bahia, permanecem internados nesta segunda-feira (23), mas não correm risco de morte.

Segundo a assessoria do Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, Raphael Machado Castilho de Araújo, reclamou de dores na noite de domingo (22), mas seu quadro é considerado estável, sem risco de morte. A unidade de saúde informou ainda que o rapaz foi atingido de raspão por uma bala no tórax e teve uma fratura no braço, diferente da informação passada inicialmente pela polícia, que contabilizou dois ferimentos por disparo de arma de fogo.

Raphael estava entre os corintianos que ficaram detidos na Bolívia após a morte de um adolescente em um jogo realizado pela Libertadores no estádio Jesús Bermúdez, na cidade de Oruro. Ele foi libertado pelo governo boliviano e chegou ao Brasil em 9 de junho.

Alex Nascimento da Silva, que estava com Raphael em Santo Estêvão, continua inernado no Hospital Geral do Estado, em Salvador, onde foi submetido a uma drenagem no tórax no domingo, informou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Ele está na enfermaria da unidade de saúde e passa bem.

Segundo a Polícia Militar, os rapazes foram baleados porque um deles teria atirado contra uma viatura que fazia uma blitz pela cidade de Santo Estevão, na noite de sexta-feira (20). De acordo com o delegado, a motocicleta na qual os dois estavam tem registro de roubo e foi apreendida, junto com um revólver que estaria com eles.

Foto: PM/ DivulgaçãoPolícia diz que arma foi apreendida com torcedor corintiano e outro rapaz

Com Raphael, a polícia encontrou documentos que comprovam a entrada e saída dele na Bolívia. Também foi encontrada uma carteira da torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, em nome de Raphael. Nenhum policial ficou ferido durante a troca de tiros. O caso foi registrado no Complexo Policial de Feira de Santana.

Carteira da Gaviões da Fiel de Raphael Castilho, baleado na Bahia

Por telefone, a mãe do jovem falou ao G1 que não entende o que pode ter acontecido e que viaja para a Bahia a fim de conversar com o filho e acompanhar sua recuperação. A família mora em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

*G1.