O Instituto Butantan, situado em São Paulo, deve receber nesta semana insumos para produzir mais 8,6 milhões de doses da vacina chinesa contra a Covid-19, batizada de Coronavac e desenvolvida em parceria com o laboratório Sinovac. A estimativa é de que o lote chegue no aeroporto de Guarulhos na quarta-feira, 3 de fevereiro.

O Butantan detalhou que levará de 15 a 20 dias para produzir as novas doses do imunizante, contados a partir dos insumos recebidos.

Na madrugada do domingo, 31 de janeiro, o governo de São Paulo chegou a divulgar algumas imagens da carga sendo encaminhada ao aeroporto de Pequim, na China. Lá, a matéria-prima aguarda liberação alfandegária.

Distribuídos em contêneires e levados em sete caminhões até o aeroporto, o lote contém 5,4 mil litros de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), composto que será formulado e envasado no insitutito paulista.

Os contêneires vindos da China possuem 200 litros cada, o que permite a produção de 320 mil doses.

Vale lembrar que as primeiras doses da Coronavac, que já desembarcaram no Brasil, vieram prontas para aplicação. Elas se referiam às 6 milhões de doses aprovadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 17 de janeiro.

Em seguida, após a autorização destas doses iniciais, o Instituto Butantan solicitou uma nova autorização à agência, dessa vez referente a outras 4,8 milhões de doses que foram formuladas no instituto a partir das remessas de IFA chinesas. A aprovação da agência federal veio cinco dias depois do pedido.

A liberação desses insumos aconteceu após uma reunião do embaixador da China, Yang Wanming, com figuras do Palácio do Planalto, a exemplo do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

No dia 26 de janeiro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também se reuniu com Wanming e, na sequência do encontro, o paulista já anunciava a previsão de chegada dos insumos para a próxima quarta-feira.

Cabe ressaltar que as novas remessas não precisam mais de autorização da Anvisa, tendo em vista que a última aprovação já contemplou esse tipo de formulação e envase no país.

Até o momento, o Brasil possui cerca de 12,1 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 10,1 milhões da Coronavac e o restante da Oxford/AstraZeneca.

0 0 votos
Article Rating