De janeiro até às 17h desta sexta-feira (6), o Estado da Bahia já registrou 93 casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19). Os dados foram disponibilizados por meio de uma nota conjunta da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. Sendo valido ressaltar que os casos de contaminação pela doença só são oficialmente reconhecidos como suspeitos após passar por uma análise do Ministério da Saúde, situação que ainda não ocorreu.

Durante a manhã desta sexta-feira, a Sesab já tinha divulgado um comunicado oficial informando a existência do primeiro caso confirmado da Covid-19 na Bahia. A paciente é uma mulher de 34 anos, residente na cidade de Feira de Santana; a mulher retornou da Itália no dia 25 de fevereiro. No país europeu, ela esteve de passagem pelas cidades de Milão e Roma.

Com relação aos 93 casos suspeitos, 25 já foram excluídos (por não se enquadrarem no protocolo do Ministério da Saúde), 33 foram descartados laboratorialmente e 38 ainda aguardam análise laboratorial.

Os municípios notificantes de casos suspeitos na Bahia foram: Camaçari; Candeias; Feira de Santana; Ilhéus; Itabuna; Jacaraci; Jequié; Lauro de Freitas; Lençóis; Porto Seguro; Salvador; Santa Cruz Cabrália; Teixeira de Freitas; Tucano; e Vitória da Conquista.

Segundo a Sesab, os números representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA) em conjunto com os Cievs municipais.

No Brasil, até o último boletim atualizado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (6), são 13 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus.

Tratamento

Os casos graves de novo coronavírus devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Já para os casos leves, a orientação é de que sejam acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS), além de serem instituídas medidas de precaução domiciliar.

A Sesab ressalta ainda que o paciente com diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode ter a doença em grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.

Diagnóstico

O diagnóstico do novo coronavírus é realizado através de coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). Na suspeita de infecção pelo vírus, torna-se necessária a coleta de duas amostras, que posteriormente são encaminhadas com urgência ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA).

O Ministério da Saúde destaca que para um caso ser considerado suspeito, é necessário:

  • Situação 1: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
  • Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
  • Situação 3: Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E contato próximo de caso confirmado de coronavírus (COVID-19) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.
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